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Argentina x Alemanha, a final do homem contra a máquina

De um lado, todas as esperanças estão depositadas em Lionel Messi; do outro, a aposta é no fortíssimo jogo coletivo dos alemães, que têm melhor campanha

Além da melhor campanha na competição, com o dobro de gols marcados e apresentações mais convincentes, a Alemanha traz ao Maracanã um retrospecto recente melhor. Mas sua última derrota com time titular foi justamente para a Argentina de Messi e Mascherano

Para fechar uma Copa do Mundo que abalou verdades históricas e transformou reputações, nada mais adequado: a final deste domingo, no Maracanã, terá uma seleção europeia com enorme repertório ofensivo e uma equipe sul-americana que chegou à decisão graças à sua solidez defensiva. Mais do que um simples duelo de ataque contra defesa, porém, a histórica decisão entre Argentina e Alemanha, às 16 horas (de Brasília), tem tudo para ser um desafio entre homem e máquina – afinal, é difícil imaginar que o time de Lionel Messi será capaz de vencer sem uma participação decisiva de seu grande craque, encarregado de uma missão que, no lado dos alemães, é compartilhada por diversos atletas. Ao menos sob esse aspecto, a história é preservada antes da finalíssima: os sul-americanos colocam suas fichas no brilho individual, enquanto os europeus apostam tudo num excepcional trabalho coletivo.

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O camisa 10 da Argentina teve participação absolutamente decisiva na caminhada de sua seleção até o Rio, marcando quatro gols e ainda somando uma assistência. Messi, portanto, foi responsável direto por cinco dos oito gols argentinos no torneio. Na Alemanha, por outro lado, os gols – dezessete, melhor ataque do torneio – estão distribuídos entre nada menos de oito atletas. Na notável trajetória alemã até a final, o que mais impressionou foi o poderio da seleção como um todo, incluindo alguns reservas de luxo. A equipe trocou diversas peças ao longo da rota, mas nem assim o motor enguiçou: atletas como Thomas Müller, Toni Kroos, Mesut Ozil e o recordista Miroslav Klose, além dos jovens Mario Götze e Andre Schürrle, dividiram as tarefas de sufocar o adversário em seu próprio campo de defesa, envolver os oponentes com técnica e velocidade e marcar gols, muitos gols.

Equilíbrio – Apesar dos holofotes sobre Messi e da expectativa sobre o desempenho do ataque alemão depois do massacre sobre o Brasil na semifinal, a grande final no Maracanã não pode, evidentemente, ser reduzida a apenas esse embate. Há elementos de sobra para desequilibrar o jogo e ajudar a definir o novo campeão do mundo. Como a dupla de volantes da Argentina, Javier Mascherano e Lucas Biglia, tão fundamentais quanto Messi ao longo da segunda fase, em que a seleção do técnico Alejandro Sabella não sofreu nenhum gol. Se a proteção à zaga argentina tem se mostrado cada vez mais forte, o mesmo pode ser dito do trio formado por Kroos, Sami Khedira e o trator Bastian Schweinsteiger, grande comandante do meio-campo alemão. Será Schweinsteiger o encarregado de manter Messi sob controle durante a decisão. Há ainda o ótimo goleiro Manuel Neuer, a forte jogada aérea do lateral Marco Rojo, os gols de cabeça do zagueiro Mats Hummels…

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Além da melhor campanha na competição, com o dobro de gols marcados e apresentações mais convincentes, a Alemanha traz ao Maracanã um retrospecto recente mais regular. Invicta há dezessete jogos, sofreu sua última derrota em junho de 2013, num amistoso contra os Estados Unidos. Aquela partida, contudo, foi disputada com uma equipe reserva – com seus titulares em campo, a Alemanha não perde há quase dois anos. Em 15 de agosto de 2012, a seleção de Joachim Löw foi batida em casa, em Frankfurt. E a responsável por esse revés foi justamente a seleção argentina, que contava com sete prováveis titulares deste domingo. A seleção alemã, com seis de seus titulares para a final, caiu por 3 a 1. Vale lembrar, porém, que a equipe da casa não contava com quatro de seus principais atletas: Neuer, Schweinsteiger, Kroos e Philipp Lahm, o capitão que espera levantar a taça neste domingo. Por outro lado, o outro atleta que vem ao Maracanã sonhando em receber o troféu, Lionel Messi, não perde um jogo com a camisa da Argentina desde 2011. Como se vê, tudo está em aberto a poucas horas da tão aguardada decisão.

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