Descartado pelo Paris Saint-Germain, zagueiro brasileiro chega melhor do que nunca a mais uma final de campeonato. E ele não quer parar por aí
ABU DHABI – Há duas temporadas, a carreira de Thiago Silva, naquela altura já um veterano com 36 anos, parecia a um passo de terminar. Depois de 315 jogos e 23 taças conquistadas com a camisa do Paris Saint-Germain, em plena pandemia de Covid-19, quando ele estava no Brasil, recebeu um telefonema de Leonardo, o diretor esportivo do clube, oferecendo-lhe uma prorrogação de contrato de apenas dois meses. Seria suficiente para ele disputar a fase final da Liga dos Campeões daquele ano, em um mata-mata entre os oito finalistas; depois, tchau. Só que não foi assim.
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Não apenas Thiago Silva não pendurou as chuteiras, como aos 37 anos e seis meses pode estar próximo de uma das mais vitoriosas temporadas de sua carreira. Titular absoluto da seleção brasileira, que disputará a Copa do Mundo no Catar, a partir de novembro deste ano, o zagueiro foi levado para o Chelsea há um ano e meio pelo alemão Thomas Tuchel, seu ex-técnico do PSG.
Além de ajudar a transformar o Chelsea em um time difícil de ser vazado, ele está contribuindo para aumentar o número de taças na sala de troféus. Desde que foi contratado, sagrou-se campeão europeu, depois ajudou a faturar a Supercopa da Uefa e é um dos líderes incontestáveis do time no Mundial de Clubes, em Abu Dhabi.
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“Você pode ter certeza de que nosso time está muito motivado para ganhar este título mundial, que nosso clube ainda não tem”, disse, logo depois da vitória por 1 a 0 contra o Al Hilal, na semifinal, que definiu o time enfrentaria o Palmeiras na decisão. “Pode apostar que eu e meus companheiros entraremos motivados e bem preparados”.
Thiago Silva é titular da seleção aos 37 anos –
A importância de Thiago Silva para o time é indiscutível. Ao lado do alemão Rüdiger e do dinamarquês Christensen, ele forma uma das mais bem organizadas defesas da atualidade. “Se ele não for um dos maiores zagueiros do planeta, certamente está entre os melhores da história”, disse a PLACAR o croata Mateo Kovacic. Não por acaso, o contrato do defensor foi renovado até o final de 2023.
Como Jorginho e Kenedy, também nascidos no Brasil, Thiago também está com a dupla missão de apresentar o Palmeiras aos companheiros e motivá-los a dar tudo pelo título, no próximo sábado, 12. “Jogadores são marcados por títulos, e esse nos deixaria na história do clube para sempre”, afirmou.
Mesmo que os rivais do Liverpool e do Manchester United não provoquem o Chelsea com nenhuma musiquinha, como é o caso do Palmeiras, o “Monstro”, como ele é conhecido, sabe que o seu time também não tem ainda um título mundial para chamar de seu. E ele pretende dar tudo para mudar essa história.