City aproveita erros do Fluminense, goleia e é campeão mundial
Com gols de Álvarez, Bernardo Silva e Nino (contra), time inglês confirmou favoritismo e foi letal nas oportunidades concedidas pelo time de Fernando Diniz
O Manchester City agora tem o mundo aos seus pés. Exatos 195 dias depois de conquistar a desejada taça da Liga dos Campeões, em Istambul, a equipe inglesa pôs fim ao tabu no último torneio relevante que ainda faltava a sua história: o Mundial de Clubes.
Nesta sexta-feira, 22, o time dirigido por Pep Guardiola venceu por 4 a 0 o Fluminense, no estádio King Abdullah, em Jedá, na Arábia Saudita, em partida marcada por amplo domínio inglês, mas também por erros excessivos dos brasileiros. Os gols foram marcados por Julián Álvarez, duas vezes, Nino, contra, e Phil Foden.
Embora pouco valorizada pelos europeus, a conquista alça Guardiola a condição de maior vencedor da história do torneio, ultrapassando o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid.
O técnico espanhol chegou ao quarto título, já que havia conquistado o Mundial por duas vezes com o Barcelona, em 2009 e 2011, e uma com o Bayern de Munique, em 2013.
Mesmo sem a presença três titulares – Haaland, Doku e De Bruyne, cortados por não terem condições físicas para a competição -, o City começou o jogo ecurralando o Fluminense dentro do próprio campo de defesa.
Após erro de passe de Marcelo, a bola sobrou livre nos pés do zagueiro Aké. O jogador holandês conduziu a bola sem dificuldades até finalizar colocado da entrada área, acertando a trave do goleiro Fábio. No rebote, Julián Alvarez completou de peito para o gol livre: 1 a 0 com menos de um minuto.
O gol sofrido logo no começo aumentou a tensão dos brasileiros. A equipe de Fernando Diniz tentava sair construindo o jogo desde a defesa, mas esbarrava nos próprios erros. Felipe Melo e Ganso quase repetiram o erro de Marcelo.
Com a pressão do City mais frouxa e em ritmo desacelerado após dez minutos intensos, o time carioca passou, enfim, a jogar um pouco mais do futebol que o levou as conquistas do Carioca e da Libertadores em 2023.
Aos 15, após passe de calcanhar de Ganso, chegou a pedir pênalti de Ederson em Cano. A marcação foi descartada pelo árbitro devido a condição irregular do jogador analisada pelo VAR.
Apesar do maior tempo com a bola nos pés, o Flu não conseguia incomodar os ingleses. Aos 26, um balde de água fria: após toca de passes, Rodri descolou um lançamento para Foden. O meia-atacante cruzou, mas viu a bola entrar direto para o gol na tentativa de corte de Nino, sem chances de defesa para Fábio.
Novamente com o jogo dominado, o City só administrava o ritmo da partida, enquanto via o rival tentar com um chute de Cano quase do meio-campo e uma cabeçada de Arias, aproveitando cruzamento de Marcelo.
No segundo tempo, Diniz tentou reagir com a entrada de John Kennedy no lugar de Keno. Em vão já que logo com dois minutos, Fábio fez uma defesa milagrosa em oportunidade definida por Bernardo Silva. Aos sete, o goleiro repetiu a dose em chance de Foden, após cobrança de falta ensaiada.
O treinador ainda tirou os veteranos Felipe Melo, Marcelo e Ganso para tentar mudar o ritmo da partida, mas sofreu mais um gol aos 26, em novo erro individual, desta vez de Samuel Xavier. A bola sobrou para Kovacic, que passou para Álvarez encontrar Foden livre.
Aos 42, após troca de passes, Matheus Nunes encontrou Álvarez na área. O camisa 19 passou por André e finalizou rasteiro para fechar o placar: 4 a 0.
No apito final do árbitro, Felipe Melo tentou tirar satisfações com Kyle Walker. Ânimos apaziguados pelos jogadores das duas equipes.
O Fluminese adiou o sonho da conquista em um roteiro com uma espécie de déjà vu (já visto, em francês) da experiência do Santos em 2011, diante do Barcelona do mesmo Guardiola. Os europeus seguem soberanos: vencedores de todas as edições desde 2013.
Confira os lances: