Publicidade
Publicidade

Antes da renúncia de Blatter, MP da Suíça confiscou documentos sigilosos da Fifa

Operação aconteceu na última quarta-feira, quando sete dirigentes ligados à entidade foram presos acusados de corrupção

O Ministério Público da Suíça confiscou na última quarta-feira mais de 2 terabites de arquivos eletrônicos da entidade (o equivalente a 150 milhões de páginas de documentos), com o objetivo de investigar a corrupção na Fifa. A notícia foi divulgada na manhã desta terça-feira, horas antes da renúncia de Joseph Blatter à presidência da entidade. O foco da investigação é a suspeita de compra de votos para as Copas do Mundo da Rússia, em 2018, e Catar, em 2022.

Publicidade

Leia também:

Joseph Blatter renuncia à presidência da Fifa​

Príncipe Ali será novamente candidato à presidência da Fifa

Carta desmente Fifa sobre envolvimento de Valcke em escândalo

Continua após a publicidade

PF indicia ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira por quatro crimes

A operação conduzida na última quarta – mesmo dia da prisão de sete dirigentes ligados à entidade por diversos crimes de corrupção -, foi minimizada pela Fifa, que considerou a apreensão dos arquivos como algo normal diante de uma investigação. O grupo de agentes da operação exigiu acesso à rede da Fifa e fez download de quase todo o arquivo da entidade, incluindo e-mails entre dirigentes, contratos sigilosos e centenas de informes.

Fontes no MP consideram que o confisco é um “verdadeiro terremoto” em uma entidade em que se exige até mesmo impressões digitais dos funcionários para abrir as portas. Antes da renúncia, Blatter insistiu que foi a própria Fifa quem pediu à Justiça suíça que investigasse o caso de corrupção. Mas fontes dentro do MP revelam que, além do caso aberto pela entidade, existe um segundo processo denominado Operação Darwin, em referencia às “origens” dos crimes. Outra medida tomada foi a de exigir que bancos suíços entregassem documentos relativos a suspeitos.

Publicidade

Ainda na manhã desta terça, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, cancelou sua ida ao Mundial Feminino no Canadá, alegando que a situação atual o obriga a ficar em Zurique para lidar com o escândalo. Fontes da Fifa disseram que Valcke teria sido orientado a evitar pisar num país que mantém total colaboração com a Justiça dos Estados Unidos. Na segunda-feira, o jornal americano The New York Times afirmou que Valcke teve participação na transferência de 10 milhões de dólares à Concacaf, visto pelo FBI como pagamento de propina.

(Com Estadão Conteúdo)

Continua após a publicidade

Publicidade