América-MG aumenta lista de viradas épicas brasileiras na Libertadores
Clube mineiro buscou resultado fora de casa após sair atrás e estar a um gol da eliminação
O América-MG fez história em sua primeira participação na Libertadores. Pela segunda fase do torneio, o tradicional time mineiro encarou o Guaraní do Paraguai, e foi atrás da classificação para a etapa seguinte com uma virada histórica, com tons dramáticos.
A equipe treinada por Marquinhos Santos perdeu a ida em Belo Horizonte por 1 a 0 e, na volta, fora de casa, ganhou por 3 a 2, com gol nos acréscimos após tomar dois no início. Com a vitória de virada, o time mineiro levou a decisão para os pênaltis. Na disputa de cobranças, esteve a um gol do adversário de ser eliminado, mas a trave e as mãos do goleiro Jaílson salvaram o América, que venceu a disputa.
Classificado para a terceira fase, o time mineiro agora precisa bater o Barcelona do Equador para se classificar à fase de grupos. A partida de ida acontece na semana do dia 9 de março e a de volta, na do dia 16.
PLACAR selecionou outras quatro viradas épicas de brasileiros na história da Libertadores. Relembre:
São Paulo x Newell’s Old Boys – 1993
Defendendo o título da Libertadores, o São Paulo, na edição de 1993, encarou o rival da decisão de 1992 nas oitavas de final. A equipe paulista, no entanto, foi derrotada no jogo de ida, por 2 a 0, jogando em Rosário, na Argentina. Desse modo, para o Tricolor seguir, apenas uma virada, jogando em casa.
Foi o que aconteceu. Conduzido por Raí, que jogou com o punho quebrado, e Cafu, o time treinado por Telê Santana contou com a força da torcida e aplicou 4 a 0 no rival argentino. Uma memorável noite de Morumbi para o torcedor do São Paulo, que ainda viu o time eliminar Flamengo e Cerro Porteño, antes de bater a Universidad Católica na final e conquistar o bicampeonato.
Atlético Mineiro x Newell’s Old Boys – 2013
O torcedor atleticano suou para soltar o grito de campeão da Libertadores. Antes de uma virada heroica na semifinal, o Galo já havia eliminado o Tijuana, do México, nas quartas de final, com direito a defesa de pênalti milagrosa de Victor, nos acréscimos. E contra o Newell’s Old Boys, a jornada também foi dramática.
Após ser derrotado por 2 a 0 na ida, em Rosário, o Atlético de Ronaldinho e Diego Tardelli correu atrás, jogando no Independência. Empurrado pela torcida, com o “Eu acredito” de trilha sonora, o time mineiro abriu o placar logo aos três minutos, mas precisava de mais um gol para empatar o duelo. Após paralisação por uma queda de energia, aos 50 minutos do segundo tempo, um chute do meia Guilherme igualou o confronto e levou a decisão para os pênaltis. Na disputa de cobranças, o Galo levou a melhor, com mais uma defesa decisiva de Victor.
Atlético Mineiro x Olimpia – 2013
A campanha do título atleticano em 2013 testou milhões de corações. A decisão não foi diferente. Na final, em tempos de “ida e volta”, o Galo perdeu o primeiro jogo contra o Olimpia, por 2 a 0, no Paraguai, mas em casa, com o Mineirão lotado, o resultado foi devolvido e o troféu chegou após mais uma disputa de pênaltis.
O jogo contou com um primeiro tempo empatado, mas que viu o placar ser movimentado já no início da etapa final, com Jô. Mas antes do empate no agregado, um escorregão do atacante Juan Ferreyra, que já havia driblado Victor, manteve o Galo vivo. O gol que empatou, porém, demorou e chegou já depois dos 40 minutos, com o zagueiro Leonardo Silva. O título foi conquistado nos pênaltis e fez Belo Horizonte explodir em festa.
Flamengo x River Plate – 2019
A primeira edição da Libertadores que contou com final em jogo único já teve uma virada histórica. Em Lima, no Peru, o Flamengo de Jorge Jesus encarou o River Plate de Marcelo Gallardo em partida memorável, com direito a uma virada nos acréscimos.
Com uma invasão da torcida flamenguista ao Peru, quem abriu o placar foi o River, aos 14 minutos, com Rafael Santos Borré. Em um jogo pouco produtivo, a rede foi balançada de novo apenas no final. Dos pés de Gabigol, saíram os gols salvadores, aos 44 e 47 do segundo tempo, o que colocou o atacante de vez no panteão de ídolos rubro-negros.