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Abel lembra sacrifícios por 1º título e pede por Palmeiras sem distrações

Português não escondeu emoção e disse que abdicou da família pelo trabalho no Brasil; Palmeiras ainda disputará o Mundial e final da Copa do Brasil

RIO DE JANEIRO – O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, não escondeu sua face mais emotiva na primeira entrevista após o título da Libertadores, conquistado neste domingo, 30, com a vitória por 1 a 0 já nos acréscimos contra o Santos, no Maracanã. O português lembrou da família que permaneceu em Portugal, citando ter feito sacríficos pela profissão ao aceitar vir ao Brasil, e contou não ter contido as lágrimas com o primeiro título conquistado na carreira.

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“No futebol ninguém ganha sozinho. Os funcionários eram minha família quando eu cheguei. Sou o melhor treinador, muito valorizado, mas sou também o pior pai, o pior filho e o pior irmão. Vocês não sabem o quanto eu chorei nessa caminhada. Chorei muito e saí para um canto depois da final para vocês não me verem chorar novamente. Atravessei o Atlântico por acreditar naquilo que queria fazer. Sou muito melhor treinador hoje do que era há três meses, mas lembro que também sou pior filho, pior pai, pior marido, pior tio. Sempre há algo que temos que sacrificar em prol da nossa profissão”, afirmou o treinador.

Anunciado em 30 de outubro pelo clube, Abel surpreendeu, poucos dias depois, quando externou que moraria no centro de treinamentos do Palmeiras para acelerar o trabalho no clube. Desde que chegou, comandou a equipe a uma ascensão em apenas 26 jogos, com 15 vitórias, seis empates e cinco derrotas, um aproveitamento de 65,3%.

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Apesar da conquista, o treinador se preocupa com uma possível perda de foco da equipe, que ainda disputará neste próximo mês o Mundial de Clubes, no Catar, onde enfrentará na semifinal o vencedor do confronto entre Ulsan, da Coréia do Sul, e Tigres, do México, além da decisão da Copa do Brasil, com o Grêmio.

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“Vou me permitir quebrar essa regra das 24 horas. Ainda há muito para trilhar. Subimos a montanha, estamos aproveitando a paisagem, mas há mais coisas para conquistar e não dá para se distrair com a paisagem. Agradeço ao presidente de Portugal que me ligou pessoalmente e dizer que a foto ontem era muito bonita, eu só conseguia imaginar em receber a taça. Não passou outra coisa pela minha cabeça. É uma emoção muito grande e só de ouvir sobre ‘a glória eterna’, já é emocionante”, acrescentou o treinador.

Abel tinha, até então, a passagem pelo Sporting Braga como seu principal trabalho como treinador. Apesar de não ter conquistado títulos, foi apontado como responsável direto pela evolução de diversos jogadores. Ferreira ainda quebrou recordes na campanha da temporada 2017/2018, quando conduziu o clube a 24 vitórias em 34 partidas, terminando na quarta colocação.

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Na entrevista, o técnico também lembrou de seu antecessor no cargo, Vanderlei Luxemburgo, demitido em 21 de outubro e, atualmente no Vasco. Abel firmou que o trabalho também tem participação do treinador brasileiro e fez defesa vigorosa a outros treinadores do país como Abel Braga, do Internacional, Renato Gaúcho, do Grêmio, e Fernando Diniz, do São Paulo.

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