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A seleção exilada: Iêmen joga suas partidas fora de casa

Iêmen viaja 2.196 km para poder jogar em “casa”, no Catar

Uma viagem de seis dias pelo mar até Djibuti e, de lá, uma viagem de avião até Doha, no Catar. São 2.196 km, distância equivalente ao trecho entre Brasília e Porto Alegre. Esse foi o itinerário da seleção do Iêmen para disputar sua primeira partida em casa na segunda fase de classificação das Eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Os iemenitas não podem acompanhar uma partida da sua seleção devido à guerra civil que já vitimou 3.000 pessoas.

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Enquanto o país, reunificado em 1990, mais uma vez se encontra dividido entre o governo de militantes do grupo Houthi, no norte, e do governo oficial, no sul, a seleção batalha para representar o país no exterior.

O treinador é o croata Miroslav Soukup, que viaja de seu país natal até o Iêmen para encontrar seus comandados. A maioria dos campos foi destruída nos conflitos e a liga nacional está suspensa.

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A única oportunidade para jogar futebol são os treinamentos e os jogos das Eliminatórias da Ásia. Até aqui, a seleção, que ocupa a 171ª colocação no ranking da Fifa, está na última colocação do grupo H, após quatro derrotas para Coreia do Norte, Filipinas e Bahrein em “casa”, e para o Uzbequistão fora.

PAÍSES QUE TAMBÉM NÃO JOGAM “EM CASA”

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AFEGANISTÃO – ocupado pelos EUA, o país joga no Irã.

GIBRALTAR – sem estádio, joga em Faro (Portugal).

IRAQUE- ocupado pelos EUA, atua nos Emirados Árabes.

SÍRIA – em guerra civil, manda os jogos no Irã.

PAQUISTÃO – com conflito no noroeste do país, joga no Bahrein.

SOMÁLIA – em guerra civil, desloca-se até o Quênia.

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