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A história de uma foto: harmonia da democracia

Ideia era mostrar os corintianos de 1982 “jogando por música”. E depois de um treino qualquer, eis os mosqueteiros alvinegros como um quarteto clássico

Publicado por: Fabio Altman em 27/12/2021 às 08:00 - Atualizado em 14/12/2021 às 18:45
A história de uma foto: harmonia da democracia
Sócrates e Casagrande no Parque São Jorge
Sócrates, Casagrande, Zenon e Biro-Biro no Parque São Jorge: Mozart, Beethoven, Bach e Brahms

Sócrates, Casagrande, Zenon e Biro-Biro no Parque São Jorge: Mozart, Beethoven, Bach e Brahms

Me liga”, escreveu o Casão no WhatsApp assim que recebeu a imagem escolhida por PLACAR para ilustrar A História de uma Foto. A seu feitio, roqueiro e paulistaníssimo, ele não teve dúvida, nem mesmo pediu licença pelo baixo calão: “Curti pra caralho a ideia”.

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Ela brotou numa das reuniões de pauta da revista, em 1982, no auge da Democracia Corinthiana. O plano: uma cena que representasse a qualidade daquele meio de campo e ataque, que jogava por música. Foram escalados Casagrande, Sócrates, Biro-Biro e Zenon. “E se eles posassem como um quarteto clássico?”, imaginou alguém. E a brincadeira foi posta para andar. “As fotos materializavam as expressões que tínhamos na cabeça”, lembra Juca Kfouri, o então diretor de redação. “Se o Sócrates era o pensador, por que não tê-lo como a estátua do Rodin? Fulano carrega o piano? Então arrumemos um piano. Teve até o drible da vaca.” Sim, e o extraordinário fotógrafo gaúcho Nico Esteves, o responsável pelo retrato da harmonia alvinegra, foi quem também registrou o ruminante sendo enganado pelo ponta-esquerda Zé Sérgio, do São Paulo — mas essa é fotografia para outra edição. Nico puxa daqui, busca dali para relembrar aquela manhã qualquer depois do treinamento. “O Sócrates, brincando, chegou a dizer que não precisava de partitura porque tocava de ouvido. O Casagrande, rindo muito, perguntou se não poderia trocar o violino por uma guitarra”.

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Mas o espantoso mesmo, aos olhos contemporâneos, é imaginar como quatro estrelas toparam, na cara e na coragem, encenar o que lhes foi sugerido, uns de chuteiras, outros de Kichute, todos na boa. Diz Casagrande: “Os jogadores de hoje, cercados por assessores e presos por dezenas de contratos de publicidade, achariam tudo um saco, não se divertiriam como nos divertimos. Aqueles instrumentos eram puro rock and roll”.

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Matéria publicada na seção ‘História de uma foto’ da edição impressa 1477 de PLACAR, de julho de 2021 

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