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Futebol Europeu

De lesões ao fast food: como Dembélé virou a chave rumo à Bola de Ouro

Eleito o melhor do mundo pela France Football, atacante francês deixou para trás passado de maus hábitos e lesões com ajuda do técnico Luis Enrique

Publicado por: Redação em 23/09/2025 às 07:30 - Atualizado em 23/09/2025 às 08:31
De lesões ao fast food: como Dembélé virou a chave rumo à Bola de Ouro
Dembélé, emocionado, celebra a Bola de Ouro e reviravolta na carreira - Mohammed Badra/EFE

A Bola de Ouro conquistada pelo atacante francês Ousmane Dembélé foi marcada por momentos emocionantes. Durante o discurso no imponente Théâtre du Châtelet, o novo melhor jogador do mundo por vezes embargou a voz e citou diversos pontos de sua superação pessoal. A temporada que alçou o camisa 10 do Paris Saint-Germain ao prêmio, de fato, foi repleta de rompimentos com antigos hábitos. O atacante precisou deixar as madrugadas regadas à fast food para desbancar Lamine Yamal e o companheiro Vitinha.

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Dembélé e Bonmatí vencem Bola de Ouro de 2025

A transformação de um jogador sem confiança depois de uma passagem frustrada pelo Barcelona – comprado do Borussia Dortmund, em 2017, por vultuosos 105 milhões de euros (mais 40 milhões em aditivos) – em um camisa 10 letal passou, principalmente, pelo dedo do técnico Luis Enrique.

Uma mudança ousada de posicionamento proposta pelo treinador, tirando-o da ponta direita, onde atuou durante toda a carreira, para uma posição mais centralizada selou uma reviravolta histórica no futebol. Foram 35 gols e 14 assistências em 53 partidas na última temporada. Um salto do inferno ao céu.

“O treinador chegou aqui com uma ideia muito clara. Mudou muitas coisas no time, e a mentalidade dos jogadores também mudou muito. Mudei muito, sobretudo no que diz respeito à minha posição, ao meu estilo de jogo”, disse ao site da Uefa em maio deste ano.

“Sempre tive a confiança do Luis Enrique. Conheço a posição de camisa 9 desde que comecei como profissional. O treinador me dá muita liberdade. Tento criar desequilíbrio nos times adversários. Precisamos deixá-los loucos. Me adaptei bem”, afirmou na última entrevista antes da decisão da Champions League, em que seria decisivo para a goleada por 5 a 0 sobre a Inter de Milão na final em Munique.

Dembélé e Luis Enrique: atacante e técnico estabeleceu relação de confiança no PSG - Franck Fife/AFP

Dembélé e Luis Enrique: atacante e técnico estabeleceram relação de confiança no PSG – Franck Fife/AFP

Visto como um jogador que acumulava muitas lesões e tinha uma vida desregrada fora de campo, Dembélé comprou em Paris a ideia de que cuidados extras e novos hábitros lhe renderiam menos problemas físicos.

“Você deveria perguntar para ele o que ele comeu no Natal. É um jogador cheio de confiança”, brincou Luis Enrique, durante uma entrevista em dezembro passado.

Dembelé sofreu poucas contusões desde a chegada ao novo clube. Entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024,  ficou 79 dias fora, com 14 jogos ausente. Nos tempos de Barcelona, segundo levantamento do site Transfermarkt, foram ao menos 827 dias afastado por algum tipo de contusão e mais de 141 partidas perdidas.

A recuperação de Dembélé é tão impressionante que em apenas uma temporada pelo PSG marcou 35 gols, quase igualando a soma dos seis anos que esteve no Barcelona, com um total de 40. Mesmo no clube francês, a primeira temporada foi aquém das expectativas, com seis gols em 42 jogos.

O brilho, curiosamente, só chegou depois da saída de Kylian Mbappé, então principal estrela do time. O confiante camisa 10 deixou uma indireta ao compatriota: “Mbappé tinha um sonho na carreira: jogar no Real Madrid. O PSG continuou seu caminho. Há um antes e um depois de Kylian Mbappé. Desejamos boa sorte a ele. Nos concentramos em nós mesmos, na temporada que queríamos ter”.

Ousmane Dembélé, Bola de Ouro 2025 - Franck Fife/AFP

Ousmane Dembélé exibindo orgulhoso a Bola de Ouro – Franck Fife/AFP

Ele se tornou o grande protagonista de um time coletivo, marcado pela conquista de todos os títulos possíveis em âmbito doméstico – Ligue 1, Copa da França, Supercopa da França -, além da Liga dos Campeões e da Supercopa  da Uefa.

“Quero agradecer a todos os clubes por onde passei, o Borussia Dortmund, o Rennes, que me formou, onde cheguei muito novo. Ao Barcelona, onde aprendi muito ao lado de grandes jogadores como Iniesta e Messi. Foram anos de muito aprendizado. Quero agradecer ao PSG, que foi me buscar em 2023. Uma Bola de Ouro não era o objetivo da minha carreira, mas receber um troféu desses é realmente grande, é algo fantástico. Estou muito feliz”, disse ao receber o troféu.

Dembélé também agradeceu ao técnico da seleção francesa, Didier Deschamps: “também quero agradecer a todos os meus companheiros de seleção da França, toda essa geração que cresceu e evoluiu, e ao Didier Deschamps, que confiou em mim nos momentos difíceis. Queremos uma Copa do Mundo com a França”.

Planejado ou não, Dembélé cumpriu a risca o segredo de atletas de sucesso. Agora, só quer aproveitar como sexto jogador francês concecorado com a honraria. Um prêmio individual, mas com sabor coletivo.

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