A Bola de Ouro conquistada pelo atacante francês Ousmane Dembélé foi marcada por momentos emocionantes. Durante o discurso no imponente Théâtre du Châtelet, o novo melhor jogador do mundo por vezes embargou a voz e citou diversos pontos de sua superação pessoal. A temporada que alçou o camisa 10 do Paris Saint-Germain ao prêmio, de fato, foi repleta de rompimentos com antigos hábitos. O atacante precisou deixar as madrugadas regadas à fast food para desbancar Lamine Yamal e o companheiro Vitinha.

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Dembélé e Bonmatí vencem Bola de Ouro de 2025

A transformação de um jogador sem confiança depois de uma passagem frustrada pelo Barcelona – comprado do Borussia Dortmund, em 2017, por vultuosos 105 milhões de euros (mais 40 milhões em aditivos) – em um camisa 10 letal passou, principalmente, pelo dedo do técnico Luis Enrique.

Uma mudança ousada de posicionamento proposta pelo treinador, tirando-o da ponta direita, onde atuou durante toda a carreira, para uma posição mais centralizada selou uma reviravolta histórica no futebol. Foram 35 gols e 14 assistências em 53 partidas na última temporada. Um salto do inferno ao céu.

“O treinador chegou aqui com uma ideia muito clara. Mudou muitas coisas no time, e a mentalidade dos jogadores também mudou muito. Mudei muito, sobretudo no que diz respeito à minha posição, ao meu estilo de jogo”, disse ao site da Uefa em maio deste ano.

“Sempre tive a confiança do Luis Enrique. Conheço a posição de camisa 9 desde que comecei como profissional. O treinador me dá muita liberdade. Tento criar desequilíbrio nos times adversários. Precisamos deixá-los loucos. Me adaptei bem”, afirmou na última entrevista antes da decisão da Champions League, em que seria decisivo para a goleada por 5 a 0 sobre a Inter de Milão na final em Munique.