Publicidade
Publicidade

UFC 166: Dana White quis jogar a toalha e poupar Cigano

Chefão do torneio criticou até a equipe do brasileiro por não ter interrompido o duelo, vencido de forma incontestável (e brutal) pelo campeão Cain Velasquez

“O Júnior é duro o bastante e tem raça o bastante para aguentar tudo aquilo? Sim. Mas ele deveria? Esse rapaz foi castigado por mais uns sete ou oito minutos de forma desnecessária. E esses sete ou oito minutos… Eu não sei, cara. Eu não gostei.”

Os 17.238 torcedores que lotaram o ginásio Toyota Center, em Houston, na madrugada deste domingo, no UFC 166, quase assistiram de perto a uma cena raríssima. O presidente da franquia, Dana White, revelou que pensou seriamente em jogar a toalha para interromper a luta entre o brasileiro Júnior Cigano e o americano Cain Velasquez. O campeão dos pesados castigou Cigano durante cinco rounds e manteve o título com um nocaute técnico nos minutos finais do duelo. Se dependesse do chefão do torneio, porém, a luta não teria chegado até esse assalto. “Eu queria ter parado a luta. Ela deveria ter acabado no terceiro round. Foi quando ele começou a apanhar sem se defender. Ele nem levantava os braços, estava apagado.” O presidente do UFC criticou inclusive a equipe do brasileiro. “Eu sempre gosto de acreditar numa virada dentro da luta, mas essa estava resolvida no terceiro assalto. Se alguém no córner dele se preocupa com ele, por favor, jogue a toalha. Não há necessidade de um cara jovem e talentoso sofrer esse tipo de castigo.”

Publicidade

Leia também:

UFC 166: Velasquez volta a punir Cigano e mantém título​

Vaiado na pesagem, Cigano promete outro nocaute​

Antes de Cigano x Velasquez, outras trilogias de sucesso

Continua após a publicidade

Cigano sofre corte na testa, mas a luta é confirmada

A pedido do Corinthians, Anderson deve voltar ao clube

UFC prepara agenda farta e variada no Brasil em 2014

Dana White também desaprovou a postura do experiente árbitro Herb Dean e dos médicos que examinaram Cigano ainda durante a luta – o combate foi interrompido em duas ocasiões para que ele fosse examinado. “Estava torcendo para que alguém parasse aquilo. Um olho estava fechado pelo inchaço, o outro totalmente aberto por um corte. Ele estava machucado. O Júnior é duro o bastante e tem raça o bastante para aguentar aquilo? Sim. Mas ele deveria? Esse rapaz foi castigado por mais uns sete ou oito minutos de forma desnecessária. E esses sete ou oito minutos… Eu não sei, cara. Eu não gostei.” Apesar da clara preocupação do dirigente depois da luta, Cigano recebeu boas notícias no hospital para onde foi levado logo depois do combate. Depois de passar por uma bateria de exames, não foi constatada nenhuma lesão mais grave. Apesar de muito machucado em todo o rosto, onde sofreu vários cortes profundos, Cigano disse que estava bem.

Acompanhe VEJA Esporte no Facebook

Siga VEJA Esporte no Twitter

O fim da trilogia Cigano-Velasquez aconteceu no ginásio Toyota Center, com todos os ingressos vendidos. O único outro brasileiro em ação na noite foi Gabriel “Napão” Gonzaga, que encarou o americano Shawn Jordan, apontado como favorito no combate. Mas Napão contrariou as previsões e venceu logo no primeiro assalto, com um nocaute espetacular. A melhor (e mais sangrenta) luta da noite foi a batalha entre Gilbert Melendez e Diego Sanchez, decidida pelos jurados – Melendez levou a melhor, mas Sanchez ficou perto de nocauteá-lo no último round. Os últimos momentos do confronto foram marcados por uma trocação de golpes franca e aberta entre os atletas. Na segunda luta mais importante da noite, entre os pesos-pesados Daniel Cormier e Roy Nelson, decisão unânime dos jurados em favor de Cormier. O próximo evento do UFC acontece em Manchester, na Inglaterra, novamente com um brasileiro fechando o card principal: Lyoto Machida faz sua estreia na categoria peso-médio contra Mark Munoz.

Publicidade
Continua após a publicidade

Publicidade