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Toyota Prius: bom para o ar, melhor ainda para a imagem

O Prius que chega aqui foi lançado no Japão em 2009 e vem com um motor elétrico de 80 cv responsável por dar a partida e mover o carro até os 50 km/h Quem gasta 120.000 reais em um carro no Brasil está preocupado em economizar combustível ou emitir menos CO² na atmosfera? A resposta […]

O Prius que chega aqui foi lançado no Japão em 2009 e vem com um motor elétrico de 80 cv responsável por dar a partida e mover o carro até os 50 km/h

Quem gasta 120.000 reais em um carro no Brasil está preocupado em economizar combustível ou emitir menos CO² na atmosfera? A resposta é não. Pelo menos, por enquanto. Prova disso é que a maioria dos veículos vendidos ao redor deste preço é de esportivos, incluindo utilitários, modelos em que o desempenho se sobrepõe à eficiência energética. E este perfil não deve mudar nem mesmo com a chegada do hibrido Prius, da Toyota, sucesso de vendas no Japão e Estados Unidos, e que estreia no mercado brasileiro em janeiro, por aqueles 120.000 reais – nos EUA ele parte de 24.000 dólares (cerca de 48.600 reais). Ele é o primeiro carro híbrido produzido em larga escala do mundo, pioneiro a utilizar um motor a combustão associado a um gerador elétrico. Por aqui o Prius não estará sozinho. Desde outubro de 2010, a Ford vende, acanhadamente, o Fusion Hybrid, que custa 134.000 reais e acumula 255 unidades emplacadas.

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O Prius que desembarca no Brasil, em exibição no Salão do Automóvel de São Paulo, é o de terceira geração – mas isso não significa que tenha evoluído no design da mesma forma que inovou tecnologicamente quando estreou, suas linhas envelheceram rapidamente. O Prius que chega por aqui foi lançado no mercado japonês em 2009 e vem com um motor elétrico de 80 cv responsável por dar a partida e mover o carro até os 50 km/h. Acima desta velocidade entra em ação o motor a combustão, movido a gasolina – um quatro cilindros de 1.798 cm³, feito de alumínio. Juntos entregam 138 cv de potência combinada. A energia que move o gerador elétrico é obtida a partir da desaceleração e frenagem do veículo e armazenada em baterias. Ao volante, é possível escolher quatro modos de condução: normal, em que o sistema escolhe entre os dois motores de forma automática; o EV, em que o veículo funciona no modo 100% elétrico; o ECO, em que o sistema calibra a resposta de aceleração de modo a economizar combustível; e o PWR, em que o carro intensifica a resposta à aceleração em até 25% para melhorar o desempenho. Segundo o fabricante, a autonomia conjugada entre os motores pode chegar a pouco mais de 1.100 quilômetros – claro que dependendo do tipo de condução e do tipo de trajeto.

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Status – O Prius foi lançado no Japão em 1997 e tem pouco mais de 3,2 milhões de unidades vendidas no mundo, mais de 1 milhão só no mercado americano – um tremendo sucesso para um veiculo deste tipo. Tornou-se mais um fenômeno daqueles em que representa muito mais do que é, ou seja, do que representa em relação à melhora do meio ambiente. Nas devidas proporções, o Prius está para os automóveis assim como o iPhone esta para os telefones celulares. Ter um Prius na garagem não é simplesmente ser dono de um carro híbrido. Uma pesquisa recente da empresa de consultoria TrueCar, especializada em análise da indústria automotiva, divulgou os dez automóveis preferidos de consumidores que moram nos dez endereços mais caros dos Estados Unidos: o Prius estava entre sedãs da Mercedes-Benz, cupês da BMW e jipões da Lexus.

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Outro estudo americano apontou que o fato de o Prius ter se transformado em um ícone em sua categoria, um sinônimo de carro híbrido nos EUA, se deve principalmente a ter sido concebido a partir do zero, como um projeto único, sem ligação com outro modelo existente, diferente de modelos como o Civic Hybrid, da Honda. Os donos de Prius querem que todos saibam que eles estão guiando um híbrido. Já foi considerado um carro revolucionário, um artefato moderno, até pousar nas garagens de gente preocupada em estampar sua imagem de preocupação com o ambiente.

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Em abril deste ano, por conta do lançamento do website exclusivo do Prius no Brasil, a Toyota contratou garotos-propaganda como as atrizes Deborah Falabela e Fernanda Vasconcellos, o técnico da seleção brasileira de voleibol, Bernardinho, e conta nos EUA com o supercampeão de skate, Bob Burnquist. Nos EUA, em estratégia mais agressiva, foram emprestados dezenas de modelos do híbrido a estrelas do naipe do ativista George Clooney, por exemplo. Aqui no Brasil, a primeira unidade do Prius fica nas mãos de Zico, que já tem em sua garagem um outro modelo da marca, prêmio por ser eleito o melhor jogador da final do mundial de clubes no Japão em 1981.

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