Público e seleções chegam sem sobressaltos ao Mineirão
Preocupação com o bloqueio das vias de acesso ao estádio não se confirmou
Valcke, acompanhado por auxiliares e autoridades federais e estaduais, aparentava tranquilidade e cumprimentava as pessoas no caminho
Não houve seleções presas em seus hotéis, jogadores transportados por helicópteros, torcedores impedidos de chegar ao estádio ou autoridades escondidas dos manifestantes. Os piores temores dos organizadores da Copa das Confederações não se confirmaram nos momentos que antecederam a partida entre Brasil e Uruguai, nesta quarta-feira, no Mineirão. A manifestação iniciada na região central de Belo Horizonte decidiu seguir a caminho do palco do jogo, na Pampulha, mas a promessa era de que os grupos retornariam pelo mesmo caminho quando chegassem à barreira policial que protege o estádio. Dentro do perímetro de segurança montado pela polícia mineira conforme solicitação da Fifa (em operação que se repete em todas as partidas da competição), não havia transtornos para os envolvidos na partida decisiva. O deslocamento das seleções aconteceu normalmente, de ônibus, no horário previsto e sem atrasos – a delegação do Brasil cruzou o portão do Mineirão às 14h10.
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Às 14h30, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, acompanhado por auxiliares e autoridades federais e estaduais, deixava o estacionamento da área vip do estádio a caminho do interior da arena. Aparentava tranquilidade e cumprimentava as pessoas no caminho. Não foram só os times e os cartolas que chegaram ao Mineirão sem sobressaltos. A uma hora do jogo, pelo menos metade das cadeiras já estavam tomadas. Por causa da preocupação com possíveis atos hostis nas vias de acesso ao estádio, os portões foram abertos uma hora antes aos torcedores (ao invés das 13 horas, ao meio-dia). Sob forte segurança e com presença policial em todos os acessos, a movimentação do público era absolutamente tranquila. Fora do perímetro de segurança, a manifestação seguia pela Avenida Antônio Carlos, principal via de acesso à região da Pampulha, com poucos sinais de problemas – por volta das 14h30, havia relatos de que rojões explodiram em meio à multidão. A polícia monitorava a situação à distância, evitando uma proximidade desnecessária, que pudesse despertar a fúria dos manifestantes que pudessem buscar o confronto com os PMs.