Muricy já pode superar os pontos dos três últimos técnicos
São Paulo enfrenta o Náutico em casa e treinador tenta somar mais uma vitória
Se vencer o Náutico nesta quarta-feira, no Estádio do Morumbi, o São Paulo chegará a 19 pontos nos dez jogos comandados por Muricy Ramalho no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com isso, ele em um ponto a campanha de toda a primeira metade da competição, período em que o time foi dirigido por três treinadores diferentes: Ney Franco, Milton Cruz e Paulo Autuori. Se o campeonato tivesse começado no momento em que ele voltou ao clube em que foi tricampeão brasileiro como técnico, a equipe estaria em quarto lugar, pois somou 16 pontos nos nove primeiros jogos do returno (59%), menos apenas do que Cruzeiro (19), Atlético-MG (17) e Vitória (16). Uma campanha digna de equipe classificada para a próxima Copa Libertadores.
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Com Ney Franco, foram duas vitórias (2 a 0 sobre a Ponte Preta, em Campinas, e 5 a 1 sobre o Vasco, no Morumbi), dois empates (0 a 0 com o Atlético-MG, em Belo Horizonte, e 1 a 1 com o Grêmio, em Porto Alegre) e a derrota por 1 a 0 para o Goiás, em casa. Um aproveitamento de oito dos 15 pontos possíveis (53%). Demitido depois de tropeço na Recopa Sul-Americana, ele foi substituído em dois jogos pelo coordenador técnico Milton Cruz. O interino perdeu por 2 a 0 para o Santos e por 2 a 1 para o Bahia, até que o presidente Juvenal Juvêncio anunciasse Paulo Autuori, recém-saído do Vasco, como salvador. Autuori não rendeu o esperado: com ele, o São Paulo foi derrotado em metade dos 12 jogos e acumulou dez pontos, com só duas vitórias.
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O novo treinador assumiu na antepenúltima posição, com 54% de risco de rebaixamento, nas contas de Tristão Garcia, matemático dedicado aos estudos do futebol. Com três triunfos seguidos, o time finalmente deixou a zona de descenso, para a qual voltou momentaneamente mais tarde, mas por apenas uma rodada. Neste momento, dois pontos o separam da área de perigo. “Mudou a atitude”, diz o meia Maicon, quando questionado sobre a diferença entre os turnos e os treinadores. “O Muricy nos falou diversas vezes que, se a gente não tivesse atitude e não se doasse, poderia vir Deus para cá que não mudaria nada. A gente é que tem que fazer acontecer”, completou o atleta, evitando criticar os outros treinadores.
(Com agência Gazeta Press)