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Mineirão recebe 1º grande ensaio do ‘padrão Fifa’ no Brasil

Amistoso entre Brasil e Chile deve testar 14 aspectos da organização de uma partida. Mas comitê avisa que o torcedor ainda poderá se deparar com falhas

Graças ao uso do estádio nesta quarta e em três partidas da Copa das Confederações, Belo Horizonte não será um foco de preocupação para a Fifa, pois terá tempo suficiente para dar os retoques finais na estrutura, aperfeiçoar a operação da arena e resolver possíveis falhas de projeto

Se a Copa das Confederações é o ensaio geral para a Copa do Mundo de 2014, o amistoso entre Brasil e Chile, às 22 horas desta quarta-feira, no Mineirão, é o primeiro grande teste do Comitê Organizador Local (COL) antes do torneio que acontece em junho. Na agenda da Fifa, o primeiro evento-teste foi a partida entre Ceará e Fortaleza, no último dia 14, no Castelão. As características da partida desta quarta, contudo, são muito mais próximas do que a organização encontrará nos jogos da Copa das Confederações – por contar com a presença da seleção brasileira, pela característica do público presente ao estádio (mais de 50.000 ingressos já tinham sido vendidos até a manhã desta quarta) e por causa da presença reforçada da imprensa nacional e estrangeira. Como o Mineirão foi um dos primeiros estádios entregues para o evento e como Belo Horizonte é uma das sedes mais importantes da competição (será palco de uma das semifinais), o jogo vale não só para Luiz Felipe Scolari definir seus convocados, mas também para o COL identificar as falhas mais preocupantes antes do início do torneio.

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A arena mineira é um bom lugar para fazer a avaliação. Depois da profunda reforma que transformou o velho estádio num palco moderno e mais confortável, as primeiras experiências do torcedor local foram decepcionantes – o jogo de estreia, por exemplo, foi marcado por reclamações sobre alimentação, banheiros e acessos. As deficiências foram, aos poucos, sendo corrigidas – um processo que a Fifa considera natural, já que nenhuma nova arena, por mais cara que ela seja, começa a operar perfeitamente logo que a obra é entregue. Esse, aliás, é o motivo que leva a entidade a pedir grande antecedência na conclusão dos palcos de seus grandes eventos. O Brasil já deixou a Fifa na mão para a Copa das Confederações, desrespeitando os prazos originais e concluindo a entrega dos estádios no limite máximo para a realização do evento. Diante dessa falha, jogos como o desta quarta ganham ainda mais importância. No ano que vem, entretanto, não haverá a mesma colher de chá: a Fifa promete excluir as sedes que não apresentarem seus estádios totalmente prontos no máximo até dezembro.

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Belo Horizonte já se livrou desse risco – e, graças ao uso do estádio nesta quarta e em três partidas da Copa das Confederações, não será um foco de preocupação para a Fifa, pois terá tempo suficiente para dar os retoques finais na estrutura, aperfeiçoar a operação da arena e resolver possíveis falhas de projeto. O governo local se diz tranquilo e confiante sobre uma participação destacada no Mundial do ano que vem. O COL também tem uma avaliação positiva da situação do Mineirão, e prometeu testar nada menos que catorze aspectos do funcionamento do estádio no amistoso entre brasileiros e chilenos. Entre essas áreas estão os serviços prestados ao público, os aspectos de competição (como gramado, protocolo de jogo e vestiários), a participação de voluntários e a tecnologia da informação (incluindo os telões e o sistema de som). Também será o primeiro ensaio na área da segurança – no primeiro evento, em Fortaleza, duas pessoas morreram em brigas entre as torcidas rivais nos arredores do estádio. O COL avaliou que o Castelão passou em todos os testes e se eximiu de qualquer responsabilidade, já que a segurança na parte externa da arena é tarefa das polícias locais, mas ainda assim decidiu incluir esse item no cardápio da avaliação mineira.

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