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Judô brasileiro cumpre meta e quer liderar quadro de medalhas em 2016

Com o bronze conquistado nesta sexta-feira por Rafael Silva na categoria acima de 100 kg, o judô brasileiro terminou os Jogos Olímpicos de Londres com quatro medalhas, o melhor desempenho em sua história, cumprindo a meta estabelecida pela Confederação Brasileira. Muito satisfeito e aliviado por ter alcançado o objetivo justamente no último dia de competição, […]

Com o bronze conquistado nesta sexta-feira por Rafael Silva na categoria acima de 100 kg, o judô brasileiro terminou os Jogos Olímpicos de Londres com quatro medalhas, o melhor desempenho em sua história, cumprindo a meta estabelecida pela Confederação Brasileira.

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Muito satisfeito e aliviado por ter alcançado o objetivo justamente no último dia de competição, apesar dos resultados abaixo do esperado de alguns favoritos como Leandro Guillheiro, Tiago Camilo ou Rafaela Silva, o coordenador técnico Ney Wilson anunciou uma meta ambiciosa para os Jogos do Rio Janeiro em 2016.

“Queremos liderar o quadro de medalhas do judô. Temos quatro anos para trabalhar ainda mais e estou confiante de que conseguiremos grandes resultados”, declarou Ney depois da última luta de Rafael Silva.

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Apesar de a quarta medalha ter chegado na última categoria em disputa, o coordenador técnico disse que sempre acreditou que chegaria a este resultado.

“A equipe estava bem preparada, eu estava confiante que a gente alcançaria a meta. Ficamos três dias sem medalhas então muitas pessoas chegaram a duvidar do nosso potencial, mas nós sempre estivemos confiantes o tempo todo”, afirmou.

Mesmo assim, ele afirmou ter ficado muito tenso nesta sexta-feira. “Foi muito apertado, foi muito difícil assistir às lutas do ‘Baby’. Nem consegui assistir à luta da arquibancada. Só quem passou quatro anos lá com eles sofrendo junto pode saber o que estamos sentindo”, revelou, antes de elogiar o peso pesado.

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“Ele fez quatro lutas pelo Golden Score, lutou mais que tudo mundo e foi um guerreiro para conquistar esta medalha”, ressaltou Ney Wilson.

O coordenador técnico também ressaltou a importância dos judocas mais experientes do grupo, Leandro Guilheiro, de 28 anos, medalhista de bronze em Atenas-2004 e em Pequim-2008, e Tiago Camilo, de 30, prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim.

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Ambos ficaram fora do pódio, mas tiveram uma influência muito boa para os mais jovens. “A experiência dos atletas que conseguiram medalhas em outras edições foi muito importante para aqueles que subiram no pódio em Londres. Eles eram o ponto de equilíbrio para que chegássemos a este resultado”, revelou Ney Wilson.

Leandro Guilheiro atuou nos bastidores na conquista da medalha de bronze de Mayra Aguiar, de 20 anos, ao motivá-la para lutar pelo pódio apesar da decepção por ter perdido na semifinal enquanto era favorita na categoria até 78 kg.

As duas outras medalhas do judô brasileiro foram conquistadas no primeiro dia de competição, no último sábado, com o ouro de Sarah Menezes na categoria até 48 kg e o bronze de Felipe Kitadai (até 60 kg).

Os dois superaram as expectativas. Kitadai, que ocupa apenas a 14ª posição do ranking mundial surpreendeu ao derrotar adversários mais bem ranqueados para levar o bronze após ter passado pela repescagem, tudo isso no dia do seu aniversário de 23 anos.

Já Sarah, de 22 anos, fazia parte das favoritas ao pódio, mas o fato de ela ter conquistado o ouro foi uma divina surpresa para o judô feminino, que até então só tinha conseguido um bronze, com Keytlen Quadros em Pequim-2008.

“Hoje, o judô feminino é reconhecido e muito respeitado no país. Quando Keytlen Quadros levou o bronze na China, falei que depois disso poderia morrer tranquila. Mas ainda bem que não morri para ver a Sarah com a medalha de ouro”, disse a treinadora da seleção feminina, Rosicleia Campos.

Mesmo assim, a técnica confessou que tinha chegado a Londres com uma expectativa maior em relação ao desempenho das suas judocas. “Acho que a participação das meninas foi muito boa, mas sinceramente, como treinadora, eu esperava mais. Eu sempre quero mais, meu perfil é esse. Mesmo assim estou muito orgulhosa da equipe como um todo”, comentou.

Rosicleia citou o exemplo de Rafaela Silva, terceira cabeça de chave da categoria até 57 kg, que foi desclassificada por ter aplicado um golpe irregular.

As imagens da carioca de 20 anos chorando pela eliminação emocionaram o Brasil inteiro, mas a história de Rafaela também foi marcada pela polêmica, já que a judoca foi vítima de ofensas racistas na rede social Twitter e também chegou a ser criticada por ter respondido a outras provocações com palavrões.

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