E Zizao, o chinês do Corinthians, já é quase Zizão
O atacante aos poucos entende o Brasil, mas sem intérprete só consegue sair sozinho para comer
“Aqui tem muita igreja. Em cada rua tem um monte. Na China é difícil encontrar uma”
Depois de oito meses no país, como está o seu português?
Falo um pouquinho. “Tudo bem”, “bom dia”, “obrigado”… Também aprendi a dizer “Moço, eu quero alguma coisa” e “A conta, por favor”. Assim consigo sair para jantar sozinho.
Quando você chegou, não falava nenhuma palavra?
Só alguns palavrões que os jogadores brasileiros tinham me ensinado. São os mesmos que usamos na China. Sabe quando você fala mal da mãe da pessoa? Então, na China é igual. Mas aqui moro com um casal de chineses e eles estão me ensinando outras palavras.
O que você já sabia a respeito do Brasil?
Sabia pouco. Conhecia o nome de alguns times, conhecia o Corinthians. Sabia que aqui o jogo é mais ofensivo. Os jogadores jogam para a frente. Jogam rápido. Na China é difícil ver futebol brasileiro. A gente vê mais os campeonatos europeus.
O que mais chamou sua atenção no Brasil?
Aqui tem muita igreja. Em cada rua tem um monte. Na China é difícil encontrar uma.
O que você faz quando não está treinando?
Eu já fui à praia, no Guarujá. Pena que estava chovendo. É diferente das praias chinesas. Lá, você tem de pagar para entrar. Mas, quando não estou treinando, fico em casa conversando com a família e com os amigos pela internet.
Quem é seu maior ídolo?
O Ronaldo. Ele era muito rápido e tinha bons dribles. Meu sonho é me encontrar com ele, mas ainda não consegui.
Está acompanhando a mudança de comando no governo chinês?
Não entendi a pergunta.
A escolha dos novos líderes do Partido Comunista.
Não. Só esporte, só esporte.
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