‘É lindo fazer algo que nenhum homem fez’, diz Phelps
O americano Michael Phelps, que se tornou nesta quinta-feira o primeiro homem a vencer em três Olimpíadas consecutivas a mesma prova de natação, ao ganhar a final dos 200m medley em Londres, disse que é “lindo” fazer algo que nenhum nadador conseguiu. “Não deu pra mim nas primeiras duas provas. É lindo fazer algo que […]
O americano Michael Phelps, que se tornou nesta quinta-feira o primeiro homem a vencer em três Olimpíadas consecutivas a mesma prova de natação, ao ganhar a final dos 200m medley em Londres, disse que é “lindo” fazer algo que nenhum nadador conseguiu.
“Não deu pra mim nas primeiras duas provas. É lindo fazer algo que nenhum outro homem fez”, disse Phelps, que não conseguiu levar o tricampeonato olímpico em outras duas provas em Londres, os 400m medley – na qual nem sequer subiu ao pódio – e nos 200m borboleta, na qual chegou em segundo.
“Ser capaz de ganhar a medalha de ouro e ser o primeiro a consegui-lo três vezes seguidas é algo muito especial e do qual estou muito feliz”, disse Phelps, afirmando que esta vitória individual em Londres foi um “alívio”.
Só duas mulheres tinham conseguido o feito de vencer a mesma prova três vezes seguidas em Olimpíadas: a australiana Dawn Fraser, campeã nos 100m livres em Melbourne-56, Roma-60 e Tóquio-64; e a húngara Krisztina Egerszegi nos 200m costas em Seul-88, Barcelona-92 e Atlanta-96.
Phelps se considerou um afortunado porque seu grande adversário, o compatriota Ryan Lochte, teve que disputar outra final, a dos 200m costas, meia hora antes dos 200m medley.
“Fui uma sorte Ryan ter que disputar os 200m costas trinta minutos antes da final. Sabia que seria difícil para ele. Queria empurrar o máximo possível nos primeiros 100 metros para ver o que acontecia”, explicou.
“Provavelmente Ryan poderia nadar mais rápido do que eu esta noite”, reconheceu.
Em Londres, sua quarta e última Olimpíada, Phelps está se despedindo de uma série de experiências, entre elas disputar finais contra seu rival e amigo Lochte.
“Disse a Ryan que eram nossos últimos 200 destes Jogos e nossos últimos 200 juntos. Brincamos sobre isso”, revelou, demonstrando o vínculo que une os dois atletas, apesar das dezenas de provas em que se confrontaram nas piscinas.
Phelps, que na sexta-feira nadará a final dos 100m borboleta na disputa do ouro, antecipou que já sabe que a prova será fisicalmente difícil pelo ritmo puxado destes dias de competições, mas afirmou que a distância curta não permite especulações.
“Não se pode impor um ritmo. É preciso ir atrás e tentar resistir”.
Com a vitória desta quinta-feira, Phelps, de 27 anos, aumentou para 20 seu recorde de maior número de medalhas olímpicas da história, das quais 16 são de ouro, apenas dois dias depois de superar a marca de 18 da ginasta soviética Larisa Latynina.
Nascido em Baltimore (leste dos Estados Unidos), o nadador já ganhou dois ouros e duas pratas em Londres, oito ouros em Pequim-2008 e seis ouros e dois bronzes em Atenas-2004. Larisa Latynina conquistou as 18 medalhas entre 1956 e 1964.