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‘Considero esta história encerrada’, diz Bernardo, do Vasco

Em nota, jogador agradece apoio da torcida e reafirma que não conhece Dayana

O jogador Bernardo, do Vasco, voltou a negar nesta terça-feira que foi vítima de agressões físicas em uma favela do Complexo da Maré no último dia 21. Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, o meia também reiterou que não conhece Dayana Rodrigues – a mulher do chefão do tráfico local Marcelo Santos das Dores, o Menor P. que, por ciúmes, teria dado a ordem para a série de torturas a que os dois teriam sido submetidos. “Considero esta história encerrada”, afirma ele, no comunicado em que agradece o apoio da torcida.

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Em depoimento na 21ª DP (Bonsucesso) na segunda-feira, o atleta disse que as torturas sofridas foram psicológicas. Com uma arma apontada para sua cabeça, Bernardo rodou de carro por mais de uma hora, até chegar a uma casa no alto do morro. Quem o ameaçava dentro do veículo era o próprio Menor P., também conhecido como Astronauta. O jogador foi obrigado a ficar nu enquanto era humilhado pelos traficantes. Dayana também foi punida, com sete tiros nas pernas e no pé esquerdo. Bernardo estaria próximo ao local onde ela foi baleada.

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O caso – Desconfiado de que Bernardo e Dayana estariam tendo um caso, Menor P. determinou que os dois fossem levados a uma casa na Vila do João, onde foram submetidos às sessões de tortura. Baleada, Dayana foi encaminhada ao Hospital Souza Aguiar, onde ficou internada por quatro dias. Outros dois jogadores também devem prestar esclarecimentos à polícia: Wellington Silva (Fluminense) e Charles (Palmeiras). A polícia quer saber qual dos atletas, criados no Complexo da Maré, foi “a voz da consciência” que intercedeu junto a Menor P. para evitar a morte de Bernardo e Dayana.

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Confira a íntegra da nota oficial do jogador Bernardo:

“Inicialmente, venho agradecer pelo apoio que eu e minha família recebemos nestes últimos dias.

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Gostaria de agradecer especialmente ao Vasco da Gama, instituição que, apesar de tudo que vinha sendo equivocadamente divulgado, desde o início (e sempre) me deu total suporte e credibilidade, incluindo dirigentes, jogadores e torcida.

Após o depoimento oficialmente prestado ontem (segunda-feira), quando pude relatar todo o realmente ocorrido, considero esta história encerrada, permanecendo, claro, sempre à disposição da autoridade policial para prestar esclarecimentos adicionais que possam ser necessários a respeito do assunto.

Destaco que todo o episódio por mim relatado – que é sigiloso, inclusive para não prejudicar investigações – já era de conhecimento de polícia e apenas tive a oportunidade de esclarecer alguns pequenos detalhes, em especial o fato de não conhecer a Dayana.

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Por tudo, entendo que deixei clara minha disposição em colaborar com as investigações e explicar a verdade dos fatos para a autoridade policial, a quem cabe prosseguir com as providências.

Volto a afirmar que estou bem de saúde, não sofri agressões físicas e, a partir de agora, estou focado somente na cirurgia à qual serei submetido amanhã.

Minha preocupação agora é apenas me recuperar da lesão no joelho o mais rapidamente possível para, enfim, voltar a fazer o que mais amo na vida, que é jogar futebol.

Solicito a colaboração de todos para que este assunto seja conduzido apenas pela autoridade policial.

‘Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo, antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.’”

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