CBF enfim fala em mudar calendário. Mas só para 2015…
Responsável pelo planejamento já avisa que 2013 e 2014 serão ainda piores
“O calendário brasileiro é um jogo de xadrez em que não se pode mexer em nenhuma peça”, diz Virgílio Elísio, da CBF
Criticado por treinadores, diretores e atletas da maioria dos grandes clubes do país, o apertado calendário do futebol brasileiro pode passar por mudanças – mas só depois de 2014, quando o país sedia pela segunda vez uma edição da Copa do Mundo. De acordo com Virgílio Elísio, diretor de competições da CBF, alterações pontuais estão na pauta de José Maria Marin, presidente da entidade, que busca ampliar o diálogo com os clubes desde que assumiu o cargo, em março deste ano. Mas as ainda desconhecidas alterações no calendário não devem ocorrer nos próximos dois anos justamente em função da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações do ano que vem.
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As duas competições de seleções não acontecerão simultaneamente aos torneios nacionais, mas deixarão o calendário ainda mais apertado – em todo o segundo semestre, por exemplo, haverá apenas uma quarta-feira livre para os clubes. “O calendário brasileiro é um jogo de xadrez em que não se pode mexer em nenhuma peça. Ele é apertado e só se encaixa algo de muito valor”, defendeu Elísio depois de uma palestra a cerca de 30 dirigentes de clubes brasileiros filiados à Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (Abex). Alguns deles, inclusive, cobraram o diretor de competições da CBF por alterações urgentes no formato das competições no país.
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Sem soluções para oferecer a curto prazo, Elísio deixa claro que os anseios dos clubes por maiores folgas durante a temporada estão sendo levados em conta pela CBF. “Se estão reclamando agora, com Copa das Confederações e Copa do Mundo vai ficar pior ainda. Mas essa questão não deve ser tratada como árabes contra israelenses. TV, torcedores, dirigentes, clubes, todos são parte ativa do processo, e precisamos ter consenso. A CBF vem trabalhando e o presidente Marin tem isso na agenda. Enxergamos o caso com preocupação.” Os gestores profissionais do setor apontam os campeonatos estaduais como grandes vilões do calendário. Com um número excessivamente grande de datas, eles forçam a CBF a encaixar o Brasileirão num período mais curto do que as ligas europeias, por exemplo.
(Com agência Gazeta Press)