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Brasil custa a deslanchar, mas bate a zebra africana: 2 a 0

No ‘vestibular’ de Felipão, ataque formado por reservas é reprovado no primeiro tempo. Titulares voltaram na segunda etapa e garantiram vitória sobre Zâmbia

Os testes foram bem-sucedidos apenas no setor defensivo: Lucas Leiva e Dedé tiveram boas atuações

O técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou o último amistoso da seleção brasileira em sua excursão à Ásia para promover um teste decisivo para alguns jogadores, principalmente no setor ofensivo. Os atacantes reservas, porém, foram reprovados, e coube à formação titular a tarefa de derrotar a seleção da Zâmbia, nesta terça-feira, no Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim. A vitória por 2 a 0, gols de Oscar e Dedé, foi construída só no segundo tempo, quando Felipão interrompeu seu “vestibular” e resolveu colocar o que tinha de melhor à disposição no banco – Oscar, Jô e Hulk, os companheiros de setor de Neymar na vitória de sábado contra a Coreia do Sul. Sacados logo no intervalo, os atacantes Alexandre Pato e Lucas perderam espaço na corrida para entrar na lista dos 23 convocados para a Copa do Mundo de 2014. Ramires, que teve a chance de fazer o papel de Oscar na etapa inicial, deve permanecer no grupo, mas parece ter ficado um pouco mais distante da titularidade. O goleiro Diego Cavalieri também ganhou a chance de começar jogando, mas não teve como mostrar serviço, já que Zâmbia não ameaçou o gol brasileiro.

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Os testes foram bem-sucedidos apenas no setor de marcação, que teve o retorno de dois jogadores que andavam sumidos da seleção. Lucas Leiva fez uma boa partida na proteção da zaga. O zagueiro Dedé foi pouco exigido pelo ataque da Zâmbia, mas aproveitou um cruzamento de Neymar na bola parada para deixar sua marca no placar. Neymar, aliás, voltou a ser o melhor em campo pela seleção – com um jogo cada vez mais dinâmico, versátil e agressivo, o camisa 10 fez ótimas arrancadas e criou diversas jogadas perigosas, furando o bloqueio defensivo africano. Ele é nome certo na próxima convocação, para dois amistosos marcados para novembro, provavelmente contra Honduras, em Miami (EUA), e a Rússia (se a equipe confirmar sua vaga na Copa nesta terça), em Toronto (Canadá). Não tão garantidas são as convocações de Pato e Lucas, que podem deixar o grupo para que Diego Costa, disputado por Brasil e Espanha, tenha mais uma oportunidade. Depois dessas duas partidas, restará a Felipão apenas uma convocação antes da Copa, para um amistoso a ser realizado em março, possivelmente contra a África do Sul, em Johannesburgo.

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Mudanças – No início do jogo, a impressão era de que a seleção repetiria sua boa atuação contra a Austrália, quando o time foi a campo cheio de suplentes e ainda assim goleou. Logo aos 2 minutos, Neymar sofreu a primeira falta. Ele mesmo cobrou, no ângulo. O goleiro Mweene desviou e a bola acertou o travessão. Na segunda chance, Pato foi travado na hora do chute, Daniel Alves pegou o rebote e chutou por cima. O corintiano voltou a ter uma oportunidade após reposição errada do goleiro. Tentou de cobertura, mas mandou para longe. Pior faria Ramires, que ficou cara a cara com o goleiro depois de boa tabela com Neymar, mas pegou torto na bola. Sem parceiros inspirados, Neymar tentava sozinho: aos 43, chutou de longe, assustando Mweene. Felipão reconheceu a atuação ruim na primeira etapa e fez as alterações no ataque no intervalo. Com Oscar, Hulk e Jô, o time voltou a jogar seu futebol eficiente e seguro. Oscar abriu o placar aos 13 minutos, num chute de longe que desviou na marcação e encobriu Mweene. Dedé ampliou aos 20, de cabeça, depois de bela cobrança de falta de Neymar. O camisa 10 foi substituído por Bernard e saiu aplaudido de campo. O jovem revelado pelo Atlético-MG ainda criou mais uma boa chance de gol no fim da partida, mas Oscar parou no goleiro.

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