Novo 10? O rendimento de Rodrygo como armador do Brasil
Convocado como meia, jovem do Real Madrid não conseguiu ser o articulador da seleção brasileira em derrotas contra Colômbia e Argentina
A renovação de ciclo ainda parece uma questão que assombra a seleção brasileira. Após o fim da Data Fifa com duas derrotas, para Colômbia e Argentina, um dos setores que mais demonstrou problemas foi o de criação, comandado por Rodrygo, escalado como um camisa 10, tendo em vista as ausências de Neymar, lesionado, e Lucas Paquetá, alvo de investigações por um suposto envolvimento em apostas esportivas.
Convocado na lista de Fernando Diniz como meio-campista, o destaque do Real Madrid não conseguiu repetir o rendimento com a amarelinha. Muitas vezes preso em meio à marcação dos rivais, não demonstrou nada além de lampejos de bons momentos.
Contra a Colômbia, o meia ainda foi um dos pontos de refúgio do Brasil, que cedeu muito espaço para o adversário em um jogo corrido e sem controle. O meia, contudo, foi substituído na metade do segundo tempo, em movimento explicado por Diniz pelo “calor e cansaço”.
Naquele duelo em Barranquilla, o camisa 10 teve 49 ações com a bola, segundo o Sofascore. Dos 33 passes tentados, acertou 32, com direito a três que resultaram em finalizações do companheiro. Por outro lado, esbarrou em outras estatísticas, como número de duelos ganhos (dois de nove).
Mantido na função, Rodrygo desempenhou pior no Maracanã. Muitas vezes pouco privilegiado pela partida muito física, teve as mesmas 49 ações com, mas sem tanta influência criativa. Foram 26 passes certos de 32 tentados, nenhuma jogada em que deixou um companheiro em condições de marcar e quatro duelos ganhos em 12 disputados.
Após a última derrota, Diniz minimizou a pouca criatividade da equipe e disse que chances de matar o jogo estiveram na mão do Brasil: “Acho que talvez eficiente seja o número de oportunidades ou de lances para a gente matar e não matou. Os lances mais claros nesse sentido, acho que sim. Tivemos chances, bola na trave, escanteios perigosos, a gente estava levando perigo hoje na bola parada; teve a bola determinante no segundo tempo, porque teve a jogada do Gabriel Jesus com o Martinelli, mas infelizmente a bola não entrou. Quero ressaltar o comprometimento dos jogadores, a construção do time, hoje foi um jogo que você vê muita coisa de construção coletiva.”
Os números de Rodrygo como 10 da seleção:
1 chute a gol
98 ações com a bola
58/66 passes certos (87,8% de acerto)
3 passes para finalização
Uma grande chance criada
3 dribles certos
6/21 duelos ganhos
26 perdas da posse de bola
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