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Lloris, da França, se recusa a usar braçadeira com arco-íris no Catar

Goleiro justificou falta de apoio à causa LGBTQIA+ dizendo que é preciso "respeitar as regras e a cultura de um país" ao visitá-lo

O goleiro Hugo Lloris, da França, recusou a utilização da braçadeira de capitão com as cores do arco-íris, em apoio à causa LGBTQIA+, durante a Copa do Mundo do Catar. Líder da seleção atual campeã do mundo, o jogador justificou a posição em entrevista coletiva durante a preparação francesa para o Mundial, em Clairefontaine.

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Na mesma linha da declaração do presidente da Federação Francesa, Noel Le Graet, que disse preferir a neutralidade no posicionamento, o goleiro disse: “Tenho minha opinião. Quando recebemos estrangeiros, queremos que eles cumpram nossas regras e nossos requisitos. Farei o mesmo no Catar. Eu tenho que mostrar respeito por isso.”

Assim, Hugo Lloris deixou claro que não irá bater de frente com leis e costumes do Catar, país que criminaliza qualquer outra relação que não seja a heterossexual, podendo a sentença ser até a pena de morte, embora não haja evidências de que a punição já tenha sido praticada no país. A uma semana, Khalid Salman, ex-jogador da seleção do país e embaixador da Copa, afirmou que o público LGBTQIA+ será tolerado, mas precisarão se adequar, além de comparar a orientação sexual não-heteronormativa a sintomas de danos mentais.

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A ideia de utilizar a faixa com as cores do arco-íris parte do movimento One Love, campanha encabeçada por alguns líderes das federações europeias que disputarão o Mundial. Promover a inclusão e o respeito à diversidade são as principais causas. Manuel Neuer, da Alemanha, e Harry Kane, da Inglaterra, são alguns dos capitães que já avisaram que utilizarão a braçadeira.

Iniciativa é contra preconceitos na Copa do Mundo -
Iniciativa é contra preconceitos na Copa do Mundo –

EUA alteram escudo

Na contramão da atitude de Lloris e do presidente da Federação da França, os Estados Unidos produziram um escudo com referência ao público LGBTQIA+, que estará estampado no centro de treinamento e na sala de imprensa durante a Copa do Mundo.

O treinador da seleção americana, Gregg Berhalter, exaltou a iniciativa e se pronunciou: “Não queremos chamar a atenção só nos Estados Unidos para as questões sociais, mas também no exterior. Reconhecemos que o Catar avançou e houve muito progresso, mas ainda há trabalho a fazer.”

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