Guia da Copa: Grupo B tem Inglaterra favorita e segunda vaga bem aberta
Veja os destaques, as formações e os palpites para os times do Grupo B do Mundial do Catar, que tem Inglaterra, Gales, EUA e Irã
Vai começar a Copa do Mundo! E, como sempre, PLACAR produziu o guia mais completo da competição, nas bancas em novembro com todas as informações, fichas e histórico das seleções. Confira aqui as equipes do Grupo B, que tem a Inglaterra como cabeça de chave e favorita, e três seleções de nível semelhante (País de Gales, Estados Unidos e Irã) brigando pela outra vaga nas oitavas de final.
INGLATERRA
O sonho dos súditos do rei
Nos anos 2000, a dita “geração de ouro” da Inglaterra, com Beckham, Rooney, Gerrard e Lampard, não conseguiu dar o segundo Mundial aos inventores do futebol. Agora, a esperança renasce. Na última Copa, o English Team caiu na semifinal. No ano passado, foi vice-campeã da Euro. Novos talentos chegam para tornar a equipe ainda mais competitiva. Daí ao título vai uma distância…
Ranking da Fifa: 5º
Como se classificou: venceu o grupo I das Eliminatórias Europeias
Participações em Copas: 15
Melhor resultado: campeão em 1966
Técnico: Gareth Southgate. Zagueiro classudo com duas Copas no currículo, treinou a seleção Sub-21 e ganhou a oportunidade na principal em 2016. Levou o time a um inesperado quarto lugar na Copa da Rússia e seguiu para o ciclo do Catar.
Time-base: Pickford; Walker, Stones, Maguire; Arnold, Bellingham, Rice e Shaw; Foden, Kane e Sterling.
O craque: Harry Kane. Dá para contar nos dedos de uma mão os centroavantes do nível de Harry Kane, 29 anos. O capitão é daqueles “camisas 9” completos: chuta com as duas pernas, faz gol de cabeça e ainda prepara jogadas para os companheiros. Talismã do time, ele está a apenas três gols de passar Rooney como maior artilheiro da história da seleção.
Fique de olho: Phil Foden. Joia da base do Manchester City, o meia Phil Foden enfim se firmou como titular absoluto do time de Pep Guardiola. Aos 22 anos, o canhotinho habilidoso também ganhou espaço na seleção e chega ao Catar em alta. A seu favor tem a versatilidade: pode jogar como meia avançado ou pelos lados do campo. É um jogador inteligente.
Palpite PLACAR: briga pela semi
PAÍS DE GALES
Em busca de uma chance
Depois de 64 anos, o País de Gales está de volta à Copa do Mundo. É uma geração valiosa, que surpreendeu na Eurocopa de 2016 e, agora, garantiu vaga no Catar depois de bater a Ucrânia na repescagem. A maior esperança dos galeses é estar em um grupo mediano, com apenas uma seleção mais tradicional, a Inglaterra.
Ranking da Fifa: 19º
Como se classificou: ficou em segundo no grupo E das Eliminatórias Europeias e eliminou Áustria e Ucrânia na repescagem
Participações em Copas: 1
Melhor resultado: quinto colocado em 1958
Técnico: Robert Page. Ex-defensor, o treinador assumiu o comando da seleção galesa em 2021. Ao todo, foram onze jogos com apenas três vitórias. Não vence há cinco partidas.
Time-base: Henessey; Mepham, Rodom, Davies; Roberts, Allen, Ramsey, Neco Williams; Bale, James e Johnson.
O craque: Gareth Bale. Aos 33 anos, o goleador Gareth Bale está, evidentemente, longe do apogeu dos tempos do Real Madrid, clube pelo qual ergueu cinco taças da Champions League. Mas ainda é nome a meter medo nos adversários, com seu coque clássico a segurar os cabelos. É o maior artilheiro da história da seleção, com 39 gols. Atua pelo Los Angeles FC, dos Estados Unidos.
Fique de olho: Aaron Ramsey, meio-campista com passagem pelo Arsenal, carrega uma incômoda e risível “maldição”: toda vez que faz um gol, em seguida morre alguém famoso. Bobagem, é claro. Há dez anos na Inglaterra, passou pela Juventus da Itália antes de chegar ao Nice, da França. É celebrado pelo bom passe e pela boa finalização. Mas fiquem longe dele…
Palpite PLACAR: pode surpreender
ESTADOS UNIDOS
O objetivo mesmo é 2026
A mais recente participação dos Estados Unidos em uma Copa foi em 2014 — a equipe caiu nas oitavas em confronto com a Bélgica. Em 2018, eles não se classificaram. Estão de olho mesmo em 2026, quando sediarão o Mundial ao lado de México e Canadá. O elenco renovado quer aproveitar o torneio do Catar como atalho para o topo, no próximo ciclo. Contra Inglaterra, País de Gales e Irã, parecem boas as chances de avançar.
Ranking da Fifa: 16º
Como se classificou: ficou em terceiro no octogonal final das Eliminatórias da Concacaf
Participações em Copas: 11
Melhor resultado: terceiro lugar em 1930
Técnico: Greg Berhalter. Ex-zagueiro central, destacou-se pelo Crystal Palace e pelo LA Galaxy. Foi contratado em 2018 para comandar a seleção americana e chega à sua primeira Copa do Mundo como treinador. Como jogador, foi convocado para as Copas de 2002 e 2006.
Time-base: Turner; Yedlin, Long, Zimmerman, Dest; Musah, Adams, McKennie; Aaronson, Ferreira e Pulisic.
O craque: Christian Pulisic. Um dos principais jogadores americanos, o meia faz sucesso no Chelsea (conquistou a Champions, a Supercopa da Uefa e o Mundial de Clubes). Aos 24 anos, o camisa 10 disputa sua primeira Copa do Mundo, já que em 2018 o país não se classificou.
Fique de olho: Weston McKennie. Um jogador crucial para os americanos é o meio-campista de 24 anos. O atleta da Juventus da Itália une bom poder de marcação com passes precisos e chegada forte à área, sendo o termômetro do meio-campo. Correu risco de ficar fora da Copa por uma lesão, mas se recuperou a tempo.
Palpite PLACAR: pode surpreender
IRÃ
Os príncipes da Pérsia
A poucos meses do início da Copa, o Irã ganhou destaque no noticiário por causa das manifestações políticas, fortemente reprimidas pelo governo. Dentro de campo, a seleção confirmou o protagonismo no cenário asiático e liderou as Eliminatórias. Mas será difícil passar da primeira fase. Vale a pena acompanhar a partida contra os Estados Unidos, no dia 29.
Ranking da Fifa: 20º
Como se classificou: venceu o Grupo A das Eliminatórias Asiáticas
Participações em Copas: 5
Melhor resultado: 14º lugar em 1978
Técnico: Carlos Queiróz. O português comandou a equipe do Irã por sete anos (de 2011 a 2019) e organizou a seleção técnica e taticamente. Saiu para se aventurar por Colômbia e Egito, mas retornou dois meses antes da Copa do Catar para escrever um novo capítulo no Oriente
Time-base: Beiranvand; Moharrami, Khalilzadeh, Kanaanizadegan, Mohammadi; Ezatolahi, Hajsaf, Jahanbakhsh, Amiri; Taremi, Azmoun.
O craque: Medhdi Taremi ascendeu da segunda divisão iraniana para a artilharia do Campeonato Português. Aos 30 anos, o atacante é certeza de gols tanto pela equipe do Porto quanto pela seleção. Mais do que um centroavante, Taremi tem movimentação para complementar da melhor forma o seu companheiro Azmoun.
Fique de olho: Sardar Azmoun é conhecido como “jogador terminal”. Tem presença de área e sabe aproveitar muito bem o porte físico para finalizar com eficiência as chances criadas por Taremi e companhia. Fora de campo, o atacante foi o primeiro a quebrar o silêncio e se posicionar contra a repressão do governo iraniano.
Palpite PLACAR: turistas no deserto