Guia da Copa: Equador pode ser a surpresa no Grupo A, com Holanda favorita
Veja os destaques, as formações e os palpites para os times do Grupo A da Copa do Mundo, que tem Catar, Equador, Senegal e Holanda
Vai começar a Copa do Mundo! E, como sempre, PLACAR produziu o guia completo da competição, nas bancas em novembro com todas as informações, fichas e histórico das seleções. Confira aqui as equipes do Grupo A, que tem o anfitrião Catar como cabeça de chave, além da possível surpresa Equador, da melhor seleção africana, Senegal, e da tradicionalíssima Holanda.
CATAR
Anfitrião decorativo
Estreante na Copa, o Catar usou a força dos petrodólares para pavimentar o caminho até 2022. Participou da Copa América de 2019, como convidado — perdeu para a Colômbia por 1 a 0, para a Argentina por 2 a 0 e empatou em 2 a 2 com o Paraguai. A equipe é composta de atletas dos dois principais clubes locais, o Al-Sadd e o Al-Duhail. Tem no retrospecto um título de elite, a Copa da Ásia de 2019.
Ranking da Fifa: 50º
Como se classificou: país-sede
Participações em Copas: estreante
Técnico: Félix Sánchez. Espanhol formado como técnico no time sub-20 do Barcelona entre 1996 e 2006, bebeu de fontes essenciais, Johan Cruyff e seu discípulo, Pep Guardiola. Em 2013 foi convidado a comandar a base do Catar, até assumir a seleção principal, em 2017.
Time-base: Saad Al Sheeb; Bassam Al-Rawi, Boualem Khoukhi e Tarek Salman; Ró-Ró, Karim Boudiaf, Abdulaziz Hatem, Hassan Al-Haydos e Abdelkarim Hassan; Almoez Ali e Akram Afif
O craque: Almoez Ali. Artilheiro nato com passagem pela terceira divisão da Espanha, o centroavante de 26 anos, nascido no Sudão, é forte e rápido — com 1,80 metro, tem muita presença na área. Ídolo incontestável do Al-Duhail, de Doha, é a esperança de gols.
Fique de olho: Akram Afif. O atacante de 26 anos está para Almoez Ali assim como Bebeto esteve para Romário em 1994. Convém ficar atento à sua imensa capacidade de servir o companheiro. Joga no Al-Sadd, de Doha. No início da carreira, teve rápida passagem por Sevilla e Villarreal. É fruto da Aspire Academy, um centro de formação de jogadores no Catar.
EQUADOR
Aquela pinta de sensação
O Equador está de volta com uma geração que sonha alto e fez ótima campanha nas Eliminatórias, com o quarto lugar. A ideia é repetir o bom desempenho do Senegal em 2002 e da Costa Rica em 2014, que alcançaram as quartas e viraram xodós. Com jovens despontando em times europeus, a equipe é sólida, mas tem um problema: marca poucos gols. Sem eles, é evidente, a travessia é sempre mais complicada
Ranking da Fifa: 44º
Como se classificou: quarto colocado das Eliminatórias da América do Sul
Participações em Copas: 3
Melhor colocação: oitavas de final (2006)
Técnico: Gustavo Alfaro. Meio-campista argentino de pouco destaque, aposentou-se aos 30 anos para virar treinador. Fez quase toda a carreira em clubes portenhos, com destaque para o Boca Juniors. Assumiu o Equador em 2020, para as Eliminatórias.
Time-base: Alexander Domínguez; Ángelo Preciado, Félix Torres, Piero Hincapié e Pervis Estupiñán; Carlos Gruezo, Alan Franco e Moisés Caicedo; Gonzalo Plata, Romario Ibarra e Enner Valencia
O craque: Moisés Caicedo
Fique de olho: Piero Hincapié
SENEGAL
Um é pouco, dois é bom, três é…
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— Football Senegal (@FootballSenegal) November 14, 2022
Em sua terceira participação em Copas, o Senegal está pronto para fazer história. A atual geração conquistou pela primeira vez a Copa Africana de Nações e se classificou para o Catar despachando o poderoso Egito. Se na Rússia o sonho ruiu logo na primeira fase, o jeito é olhar para a heroica campanha de 2002. A maior inspiração está no banco: o capitão daquele time é o atual técnico, Aliou Cissé.
Ranking da Fifa: 18º
Como se classificou: eliminou o Egito na terceira fase das Eliminatórias Africanas
Participações em Copas: 3
Melhor colocação: quartas de final (2002)
Técnico: Aliou Cissé. O ex-volante de 46 anos é uma lenda no país. Desde março de 2015 à frente da seleção, foi campeão continental como treinador e é visto como o mentor das recentes participações do Senegal em Copas.
Time-base: Édouard Mendy; Youssouf Sabaly, Kalidou Koulibaly, Abdou Diallo e Fodé Ballo-Touré; Nampalys Mendy, Idrissa Gueye, Ismaïla Sarr e Krépin Diatta; Sadio Mané e Boulaye Dia
O craque: Sadio Mané. Maior artilheiro da história da seleção, com 34 gols, está em sua melhor versão aos 30 anos, motivado por excelente fase no Bayern de Munique e mais decisivo do que nunca. Corre contra o tempo para se recuperar de uma lesão e conseguir entrar em campo no Catar.
Fique de olho: Boulaye Dia. Formado pelo Reims, o centroavante de 25 anos faz bom início de temporada emprestado à Salernitana. Pela seleção, tem três gols e é peça constantemente usada para comandar o ataque.
HOLANDA
Certeza de belo futebol
A seleção mais tradicional sem ter vencido uma Copa está de volta. A Holanda chega embalada por bons resultados, mas com atuações pouco convincentes. A vaga veio sem sustos, com apenas uma derrota em dez jogos nas Eliminatórias. Na Liga das Nações, mandou para casa a Bélgica e está na semi, que será disputada em 2023. Como de costume, tem um elenco talentoso, com boa mescla entre jovens e veteranos.
Ranking da Fifa: 8º
Como se classificou: venceu o Grupo G das Eliminatórias Europeias
Participações em Copas: 10
Melhor colocação: vice-campeã (1974, 1978 e 2010)
Técnico: Louis van Gaal. Um dos treinadores mais celebrados do mundo (passou por Ajax, Barcelona, Bayern de Munique e Manchester United) e também controversos (coleciona rixas com atletas brasileiros), desistiu da aposentadoria em nome da Copa. Em 2014, levou a Holanda ao terceiro lugar no Brasil.
Time-base: Remko Pasveer; Jurriën Timber, Virgil van Dijk e Nathan Aké; Denzel Dumfries, Frenkie de Jong, Teun Koopmeiners e Daley Blind; Steven Bergwijn, Cody Gakpo e Memphis Depay
O craque: Virgil van Dijk. Aos 31 anos, o zagueiro faz sua estreia em Copas. Comprado em 2018 pelo Liverpool, virou ídolo no gigante inglês e se consolidou como um dos melhores — se não o melhor — do mundo em sua posição. Forte, frio e seguro, o capitão holandês é uma das estrelas do torneio.
Fique de olho: Cody Gakpo. Atacante alto, veloz e com finalização apurada, é uma das estrelas do futebol local. Capitão do PSV com apenas 23 anos, tem propostas de gigantes da Europa.