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Gianluca Prestianni: quem é o prodígio comparado a Messi na Argentina

Aos 16 anos, meia-atacante do Vélez Sarsfield já desperta o interesse do Real Madrid e é chamado de La Pulguita por semelhança com o estilo do craque do PSG

Gianluca Prestianni tinha só 15 anos, algumas espinhas pelo rosto e usava uniformes ainda visivelmente largos no Vélez Sarsfield quando estampou pela primeira vez uma matéria do diário argentino Olé, em 13 de agosto de 2021: Fenómeno precoz (Fenômeno precoce, em tradução livre do espanhol).

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A publicação narrava a rápida ascensão do jovem jogador, da Octava (como é chamada a categoria sub-17 na Argentina) para a Reserva (o último passo antes do profissionalismo). Chamava ainda mais atenção pelo apelido: La Pulguita (A pequena Pulga), comparado a ninguém menos que Lionel Messi, La Pulga.

Alguns meses depois, Prestianni causaria frisson no clube ao substituir Joel Soñora aos 32 minutos do segundo tempo da vitória por 4 a 0 diante do Estudiantes, partida que classificou a equipe para as oitavas de final da Libertadores. Com 16 anos, três meses e 23 dias, vestindo a camisa 42, se tornou o mais jovem a estrear pelo Vélez em 112 anos de história.

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Ele, agora, carrega o peso de ser apontado como o primeiro candidato a sucessor do camisa 10 para o futuro da nova tricampeã. O melhor jogador do Mundial declarou que ainda continuará atuando pela seleção argentina, mas disputou no Catar a última Copa do Mundo da carreira.

“Óbvio que eu queria encerrar minha carreira com isso [o título da Copa], não posso mais pedir nada. Graças a Deus ele me deu tudo. Fechar a minha carreira assim é impressionante. Depois disso, o que vai ser? Consegui a Copa América, Copa do Mundo… Chegou quase no final. Amo futebol, o que faço. Gosto de estar na seleção, no grupo, quero continuar vivendo mais alguns jogos sendo campeão mundial”, disse Messi ao canal esportivo TyC Sports.

Prestianni só tem seis jogos como profissional, sendo somente um deles como titular – com uma assistência pra gol. O caminho ainda é longo, apesar dos holofotes precoces.

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A uma semana do título que consagrou Messi campeão do mundo foi a vez do jornal espanhol Marca contar que o Real Madrid aparecia na corrida pela contratação do prodígio, dias antes de anunciar a contratação de Endrick, do Palmeiras. Além dos merengues, esteve ligado a diversos grandes clubes da Europa como Barcelona, Chelsea e Milan.

Destro, com 1,66m, Prestianni nasceu em Ciudadela, na grande Buenos Aires, e iniciou a sua formação na equipe local antes de chegar ao Vélez. Ele prefere quase sempre atuar aberto pelo lado esquerdo do ataque.

No clube, além do talento acima da média, também ficou conhecido pelo temperamento mais explosivo ao provocar uma briga com os brasileiros defendendo a alviceleste no Torneio de Montaigu, na França.

“Ele é rápido, poderoso e tem um jogo associado muito bom, mas se diferencia pelo excelente um contra um”, afirmou Guillermo Morigi, coordenador das categorias de base do clube argentino, ao Olé no último ano.

“Ele joga de cabeça erguida e toma boas decisões, por isso entende muito bem o jogo. A formação está sempre presente, mas o que ele tem é muito natural”, completou.

No Vélez, a premissa do clube é proteger o jogador que se destacou dando ao Vélez o título argentino nas Octavas sobre o River Plate. “Ele está fazendo a diferença, mas tem que aprender. Vamos conseguir isso aos poucos, com calma porque acima de tudo ele é um menino”, explicou Morigi na época.

“Precisamos educá-lo à medida que supera as expectativas, essa é a política de promoção em vigor no clube. De qualquer forma, ele tem muito a aprender e está disposto a isso”, concluiu.

No clube, chegou a ser comparado com Sergio “Ratón” Zárate, ex-atacante formado no início da década de 1990, com longa passagem pelo futebol mexicano, além do meio-campista Maxi Morález, que atuou pelo clube entre 2009 e 2011, e está desde 2017 na MLS.

O mau momento do Vélez desacelera as perspectivas sobre o jogador. A equipe terminou o último Campeonato Argentino na 26ª colocação, com apenas seis vitórias em 27 partidas disputadas, a frente somente de Lanús e Aldosi.

Ele pode ganhar ainda mais espaço com a saída de Luca Orellano, destaque do clube e desejado pelo Vasco. O contrato com o Vélez vai até 31 de dezembro de 2024.

Seja como for, Prestianni precisará carregar desde já o peso de comparações. Ou entrará para o hall de decepções como Juan Iturbe, que escolheu defender o Paraguai e jamais foi tão longe como um dia se projetou, ou poderá fazer a própria história.

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