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Ainda favorita? França encerra ciclo mal e vai ao Catar em crise

Seleção francesa quase foi rebaixada na Nations League, tem números ruins contra seleções que vão disputar o Mundial e vive turbulência nos bastidores

Atual campeã mundial e dona de um elenco exuberante, a França não chegara à Copa do Mundo de 2022 em bom momento. O time liderado por estrelas do calibre de Kylian Mbappé e Karim Benzema é alvo de muitas contestações em razão do recente desempenho e, além de não “encantar”, vem sofrendo em efetividade contra rivais mais fortes. No último domingo, o time perdeu por 2 a 0 para a Dinamarca e foi eliminado da Nations League.

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Nem mesmo os desfalques de Hugo Lloris, Presnel Kimpembe, Lucas e Theo Hernández, Paul Pogba e Benzema no duelo em Copenhague amenizaram as críticas ao time. “A equipe francesa perdeu tudo aquilo que a tornava forte: a sua eficiência ofensiva, mas também, acima de tudo, a sua capacidade de defender bem”, destacou o diário L’Equipe. 

Em todo o ciclo, o time de Didier Deschamps jogou 48 vezes e, em números frios, vai bem. Foram 31 vitórias, 12 empates e cinco derrotas, o que resulta em um aproveitamento de 73% dos pontos. No entanto, os dados são supervalorizados em razão de confrontos das Eliminatórias para a Eurocopa e Copa do Mundo, contra seleções mais fracas.

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No entanto, no recorte contra times que disputarão a Copa, os números franceses são bem piores. Em 19 jogos, venceu dez, empatou cinco (sendo um deles no jogo de eliminação da Eurocopa, contra a Suíça) e perdeu quatro. Ou seja, a seleção venceu menos do que 50% das partidas, número incompatível com quem visa o título mundial, o que representa boa notícia para outros fortes concorrentes como Brasil, Argentina e Alemanha.

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A Dinamarca é a maior “pedra no sapato” e está no mesmo grupo que a França na Copa do Mundo. Em duas partidas contra a seleção escandinava, o time de Deschamps foi superado em ambas, por 2 a 1 e 2 a 0. Nos dois jogos, a badalada equipe criou menos chances de gol e poderia ter saído com placares negativos mais amplos.

Após a partida, o técnico Deschamps minimizou o peso da eliminação na Liga das Nações, da qual o time é o atual campeão. “Não creio que seja um fracasso. Tivemos muitas chances, mas falhamos nos duelos um contra um e cometemos erros técnicos principalmente na saída de bola”, disse. “Esta equipe é muito jovem e a maioria dos jogadores ainda precisa de experiência de alto nível.”

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Frank Fife
França, de Griezzman, evitou rebaixamento na Liga das Nações por pouco

Crise também nos bastidores

Além da decepção dentro de campo, uma polêmica que envolve Paul Pogba e Kylian Mbappé tumultua o ambiente. Segundo Mathias Pogba, irmão do meio-campista, o astro da Juventus tentou praticar rituais de “bruxaria” contra o atacante, em um jogo da Liga dos Campeões de 2019. O caso é assunto na imprensa europeia e carrega a preparação francesa para o Mundial.

Além disso, uma polêmica sobre o pagamento de direitos de imagem também esquentou o clima na semana passada. Depois de Mbappé se recusar a participar de uma sessão de fotos, a Federação Francesa de Futebol (FFF) decidiu atender ao pedido de todos os atletas de revisar o contrato de direitos.

Para completar, um dos destaques do time no título na Rússia, Antoine Griezmann não apresenta o ritmo de jogo ideal em razão de uma polêmica cláusula que o impede de atuar na totalidade das partidas do Atlético de Madri.

Em meio a esta crise, ‘Les Bleus’ tentarão conquistar o bi consecutivo, algo que não acontece há 60 anos, desde o título do Brasil na Copa do Mundo de 1962, no Chile. Além da Dinamarca, a França enfrentará Austrália e Tunísia na primeira fase do Mundial. 

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