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Copa do Brasil: Diniz chega à semi e sonha com 1º título nacional

Treinador estigmatizado por estilo de jogo faz boa temporada no Fluminense e se aproxima de coroar bom desempenho com troféu

O Fluminense sofreu, mas despachou o Fortaleza, na última quarta-feira, 17, no Maracanã, e chegou à semifinal da Copa do Brasil. O time visitante chegou a marcar duas vezes, mas os gols de Paulo Henrique Ganso e Germán Cano na segunda etapa garantiram o 2 a 2. Entre os variados personagens do Tricolor, o técnico Fernando Diniz, que no intervalo sacou Nino, um zagueiro, para colocar o meia Matheus Martinelli, é um dos principais.

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Aos 48 anos, o treinador chegou à segunda semifinal de Copa do Brasil de sua carreira – a primeira foi em 2020, com o São Paulo – e se aproxima de seu primeiro título de elite na carreira. Estigmatizado como montador de times muito ofensivos, frágeis defensivamente e “teimosos”, Diniz pode coroar o bom trabalho em sua segunda passagem pelo Flu com um troféu nacional.

Nesta passagem, em 26 partidas o Fluminense venceu 16, empatou seis e perdeu apenas quatro, com aproveitamento de 69.2%. Além disso, são 51 gols marcados e 26 sofridos, imprimindo uma evolução do treinador no aspecto defensivo. A anterior, em 2019, terminou com 43 jogos e um aproveitamento bem inferior: 50.3%.

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Diniz vencedor: o que mudou?

Os times de Fernando Diniz sempre chamaram a atenção por sua ofensividade, desde os primórdios nos modestos Votoraty, Paulista de Jundiaí e, mais tarde, Osasco Audax, quando foi vice-campeão paulista. A escolha por iniciar as jogadas com toques curtos desde o goleiro e os defensores sempre foi a ideia do treinador. De tão inflexível, muitas vezes, pagou por isso.

No São Paulo, clube de elite que mais dirigiu, sofreu 86 gols em 75 jogos: muitos deles provenientes de uma linha de marcação muito alta ou erros na saída de bola. A perda do título do Brasileirão de 2020, depois de abrir larga vantagem, ainda pesa sobre seus ombros. Por outro lado, seus times sempre incomodaram os rivais com a posse de bola e a quebra da pressão em razão dos passes curtos no campo defensivo.

Rubens Chiri / São Paulo
Fernando Diniz ficou no São Paulo entre 2019 a 2021

O trabalho atual no Fluminense parece ser o mais maduro da trajetória do técnico. Mais adaptável, não abusa de toques curtos do goleiro – respeitando as características do veterano Fábio – e se tornou mais consistente sem a bola. No entanto, Diniz diz que não houve uma grande mudança no estilo de jogo e ainda brada que um bom futebol é melhor do que um “só vitorioso”.

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“Essencialmente, não mudei nada. A gente tem uma dificuldade de reconhecer o que é bom e o que ganha. Não necessariamente o que ganha é bom. Eu prefiro aquilo que é bom, tem mais chance de ganhar”, defendeu Fernando Diniz após eliminar o Cruzeiro nas oitavas da Copa do Brasil.

Assim como nas passagens por outros clubes, o trabalho de Diniz no Fluminense é marcado por recuperar jogadores, a exemplo dos meias Ganso (atuou em 22 dos 25 jogos) e de Nonato – autor do gol no jogo de ida contra o Fortaleza.

A ousadia do treinador em driblar as limitações do elenco é outra característica sempre lembrada e por vezes contestada. Desde que o treinador assumiu o tricolor carioca, Caio Paulista mudou de função. Antes atacante, o jogador virou lateral-esquerdo, titular.

No Fluminense, Diniz conquistou 13 jogos sem perder
No Fluminense, Diniz conquistou 13 jogos sem perder

Fato é: esta versão do “dinizismo” leva alegria às arquibancadas do Maracanã e transformou os jogos em atrações. Na classificação sobre o Fortaleza, após ir perdendo por 2 a 0 para o vestiário, Diniz voltou com um meio-campista substituindo um zagueiro – retrato da premissa que o técnico prega. Diniz é um crítico recorrente do resultadismo, mas sabe que um troféu marcaria seu nome na história.

Apesar de estar bem também no Brasileirão (é o 4º colocado com 38 pontos), o Fluminense está distante do líder Palmeiras e o sonho mais realista de um troféu é na Copa do Brasil. Na próxima fase, o Tricolor encara o vencedor de Corinthians x Atlético Goianiense.

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