Uma das carreiras mais vitoriosas do futebol mundial chegou ao fim nesta quinta-feira, 6. Marcelo anunciou sua aposentadoria dos gramados, aos 36 anos, com 29 títulos conquistados na carreira.
Maior vencedor de sua história do Real Madrid, com 25 taças, incluindo cinco Champions League, o agora ex-lateral fez história também pelo Fluminense, campeão da Libertadores em 2023, e disputou as Copas do Mundo de 2014 e 2018 pela seleção brasileira.
Uma trajetória e tanto para o garoto carioca que trocou o Fluminense pelo gigante espanhol com apenas 18 anos. Em dezembro de 2007, em seu segundo ano na Espanha, Marcelo concedeu entrevista à PLACAR, na qual demonstrou incômodo com a pressão por ser o “substituto de Roberto Carlos” no Real e na seleção.
“Agora estou me firmando, fico até emocionado de estar no lugar do Roberto Carlos, que teve uma trajetória bonita aqui e na seleção. Só que não gosto que comparem. Quero que me vejam como o Marcelo, não como o substituto do Roberto Carlos”, disse Marcelo, que na época teve de conviver com rumores de que seria emprestado, o que nunca ocorreu.
Naquela entrevista à repórter Flávia Ribeiro, Marcelo evitou polêmicas com Dunga, então técnico da seleção, que não lhe dava oportunidades, contou bastidores do elenco do Real Madrid e disse preferir o compatriota e colega Robinho a Lionel Messi, então uma jovem estrela do Barcelona. “São grandes jogadores, jovens, fazem gol direto, mantêm a regularidade… Mas gosto mais do Robinho. É aquele jogo brasileiro, aquela finta. O Messi é mais velocidade”, comentou.
O blog #TBT PLACAR, que todas as quintas-feiras rememora uma entrevista ou reportagem de nossos quase 52 anos de história, traz, na íntegra, a entrevista de 15 anos atrás.
O intruso
Marcelo, sucessor de Roberto Carlos, começa a dar o ar da graça no Real Madrid, onde é o titular mais discreto do time. Na seleção, ele promete também comer pelas beiradas e roubar a vaga de Gilberto e Kléber
Flávia Ribeiro
Como é substituir Roberto Carlos no Real? As pessoas ficam te perguntando sobre isso? Logo que cheguei, todo mundo falava que eu ia ser o substituto do Roberto Carlos. Mas, como fiquei quase seis meses sem jogar, falavam que eu tinha que ir para outro time…
Quem falava? Os torcedores daqui, alguns deles. Diziam que eu tinha que sair do Real. Mas agora, que estou me firmando, fico até emocionado de estar no lugar do Roberto Carlos, que teve uma trajetória bonita aqui e na seleção. Só que não gosto que comparem. Quero que me vejam como o Marcelo, não como o substituto do Roberto Carlos.






