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Perto do título: por que Gabigol e Éverton são reservas no Flamengo de VP

Técnico português priorizou jogo físico ao técnico e deixou medalhões fora da equipe titular na vitória sobre o Fluminense na final do Carioca

O Flamengo conseguiu largar na frente do rival Fluminense e abriu uma vantagem por 2 a 0 na final do Campeonato Carioca, neste sábado, 1, no Maracanã. Depois de um início conturbado, o técnico Vítor Pereira, aos poucos, consegue implantar o seu estilo de jogo na equipe rubro-negra. Apesar do resultado, as escolhas do português ainda são questionáveis – afinal, Gabigol e Éverton Ribeiro são reservas no Flamengo do VP?

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O Flamengo se tornou sinônimo de jogo técnico desde 2019, quando montou uma equipe multicampeã e que seria estrutura para os dias atuais: Filipe Luís e Gerson, mas principalmente Arrascaeta, Éverton Ribeiro e Gabigol.

O ápice da equipe foi sob o comando de Jorge Jesus, mas todos os técnicos que deram sequência ao trabalho nas temporadas seguintes, seja com resultados positivos ou não, mantiveram a preferência pelo jogo técnico.

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Vítor Pereira já caminhava na corda bamba e, por sorte ou não, a data Fifa trouxe um respiro ao português: “Essa parada foi muito boa para o Flamengo. Tivemos um momento para fazer reflexão, comissão técnica e jogadores”, disse Marcos Bras, vice-presidente da equipe.

Mais do que um respiro, VP bateu o martelo e, no clássico contra o Flu, preteriu o jogo técnico ao físico. Mesmo sem Arrascaeta (lesionado), a dupla Éverton Ribeiro e Gabigol começou o encontro no banco de reservas, dando lugar ao jovem Matheus França e Everton Cebolinha. Apesar de um primeiro tempo dominante da equipe tricolor, ficou claro o objetivo rubro-negro de pressionar a saída de bola adversária e apostar em transições.

“Em primeiro lugar quero dizer que Gabigol é um jogador muito importante para nós. Entendemos que, pelas características do adversários, precisávamos de verticalidade. E o Gabi ficou alguns dias fora, parado, para curar pequena lesão no adutor”, justificou o treinador do Fla.

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A estratégia e preferência de Vítor Pereira pelo jogo físico já se destacava na última temporada, quando comandava o Corinthians. O estilo de jogo afetou diretamente Róger Guedes, Renato Augusto e Giuliano, ao mesmo tempo que potencializou outras peças.

Agora, o mesmo acontece na Gávea. O nome do encontro entre Flamengo e Fluminense é composto: Ayrton Lucas. O lateral/ala esquerdo se tornou a principal arma rubro-negra pela intensidade física em defender e, principalmente, subir ao ataque. Foi assim que os dois gols saíram no Maracanã.

A preferência de VP por extremos sugerem uma perda de espaço de Gabigol e Éverton Ribeiro, que não têm o jogo físico como grande qualidade. Resta saber se o português apenas adaptou seu time ao “Dinizismo” do Fluminense ou é uma reconstrução estrutural que veio para ficar.

Marcelo Cortes / CRF
Ayrton Lucas é o principal jogador potencializado no Flamengo de VP
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