Santos contrata novo executivo e tenta acelerar busca por treinador
Gaúcho Newton Drummond foi anunciado pelo clube paulista para a vaga deixada por Edu Dracena; prioridade será definir o substituto de Fabián Bustos
O Santos anunciou na tarde desta quarta-feira, 13, a contratação de Newton Drummond como novo executivo de futebol do clube. Com passagens por Coritiba, Chapecoense, Vasco, Internacional e Vitória, o profissional chega com a missão de substituir Edu Dracena, que deixou o cargo no clube na última semana, após a eliminação precoce da equipe para o Deportivo Táchira-VEN na Sul-Americana.
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A chegada de Drummond deve acelerar a busca por um novo treinador. O clube aguardava a definição de um profissional para a função para definir possíveis nomes para o lugar de Fabián Bustos, demitido no último dia 7.
Drummond teve como último trabalho a passagem pelo Coritiba, encerrada em dezembro. O momento mais reconhecido da carreira foi como diretor executivo do Inter no período em que o clube gaúcho faturou duas Libertadores, em 2006 e 2010, um Mundial de Clubes, em 2006, e uma Sul-Americana, em 2008.
Newton Drummond é o novo executivo de futebol do Santos FC! O profissional acertou o vínculo com o clube nesta quarta-feira.
Seja bem-vindo, Newton! Vai pra cima deles! ⚪️⚫️ pic.twitter.com/iL6xyQJMDn
— Santos FC (@SantosFC) July 13, 2022
Com diversas possibilidades especuladas – entre elas as contratações de Renato Gaúcho, Elano e Odair Hellmann -, o dirigente já chamou de “modismo” e externou publicamente ter ressalvas a contratação de técnicos estrangeiros, embora tenha trabalhado diretamente com Gustavo Morínigo durante a passagem pelo Coxa.
“Eu acho um pouco modismo. Nós temos o exemplo do Internacional, que trouxe o Miguel Ángel Ramírez e que não teve sucesso nenhum. Nós temos, claro, o caso do Jorge Jesus, o Vojvoda, que talvez seja o maior destaque, para mim. Porque pegou um time “comum”, no sentido de não ter nenhum jogador de grande destaque, mas é um time que joga, um conjunto muito bem armado e articulado. Eu acho que é um pouco de modismo”, disse em entrevista à ESPN.
Desde a saída do argentino Jorge Sampaoli em dezembro de 2019, venerado por torcedores mesmo sem a conquista de um título, o Santos virou uma máquina de moer treinadores: Jesualdo Ferreira, em 2020, Ariel Holan e Fernando Diniz, em 2021, além de Fábio Carille e Bustos, em 2022, sucumbiram a baixos aproveitamentos e o fim precoce de seus trabalhos.
A única exceção atende por Cuca, vice-campeão da Libertadores em janeiro de 2021. A saída do treinador foi a menos traumática, já que deixou a equipe classificada para a pré-Libertadores, mas não teve o contrato renovado pelo atual presidente Andres Rueda, recém-eleito na ocasião.
Em dezembro do último ano, em reunião no Conselho Deliberativo, Rueda abriu o fluxo de caixa e mostrou detalhes de acordos feitos com outros treinadores. Em 2021, foram 12,9 milhões de reais gastos apenas para pagar Dorival Júnior, Enderson Moreira, Jesualdo Ferreira, Oswaldo de Oliveira, Levir Culpi, Jorge Sampaoli, Ariel Holan, Fernando Diniz e Cuca.
Enderson, por exemplo, dirigiu o Santos em 2015, enquanto Oswaldo esteve no clube em 2014. Pelo primeiro, o clube fechou um acordo judicial de 2,6 milhões de reais. Para o segundo, outro acordo: de 2,2 milhões de reais. O desquite com Sampaoli mesmo custou 5,2 milhões de reais, com 4,7 milhões parcelados em 26 vezes.
A saída de Bustos arrastou também o desligamento de outros profissionais: o executivo Edu Dracena, os auxiliares Lucas Ochandorena e Carlos Caicedo, o preparador físico Marcos Conenna, o gerente de futebol Guilherme Lipi e o assessor do gerente Arnaldo Hase.
A equipe tem difícil situação na Copa do Brasil, onde precisa reverter uma goleada por 4 a 0 para o rival Corinthians para não ser eliminado nas oitavas de final da competição. No Brasileiro ocupa a oitava colocação, com 22 pontos.
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