Rodrigo Caio: como auxiliar tornou a bola parada do Flamengo letal

O Flamengo é líder isolado do Brasileirão e está nas oitavas de final Libertadores. Parte do bom momento recente pode ser atribuído a arma importante: os gols de bola parada. Desde a chegada do ex-zagueiro Rodrigo Caio a função de auxiliar técnico, o Rubro-Negro já jogou 20 partidas e marcou 33 gols, sendo dez deles de bola parada.

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O antigo defensor da equipe, multicampeão pelo clube entre 2019 e 2024, foi contratado para compor a comissão técnica liderada por Filipe Luís, com foco em jogadas de bola parada. Contabilizada toda a temporada, o time já marcou 25 gols desta forma, sendo dez dele só após a chegada de Rodrigo Caio.

Destes, cinco foram em cobranças de escanteio e outros três em cruzamentos a partir de faltas, como o que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, pela primeira partida da Libertadores. Os outros dois foram marcados em pênaltis.

“Bola parada é uma das fases do jogo, damos a importância que ela merece porque jogos bloqueados muitas vezes são desbloqueados na bola parada. E acreditamos que a chegada do Rodrigo Caio junto com toda a comissão tenha influenciado muito nessa potência. E os próprios jogadores acreditam e estão se sentindo poderosos outra vez na bola parada. Importante que eles sintam o gosto por isso e vejam sempre que resolve jogos”, comentou o técnico Filipe Luís em coletiva.

Rodrigo Caio e Filipe Luís pelo Flamengo – Divulgação/Instagram

A comissão técnica faz um trabalho minucioso onde eles se dividem para apresentar os dados do jogo para o treinador. Rodrigo Caio estuda e analisa os dados das bolas paradas, especialmente nos pontos fortes e fracos dos adversários.

Os números mostram uma evolução boa depois da chegada do zagueiro. Antes, foram 15 gols de bola parada marcados em 121 dias. Em 71 dias de trabalho do auxiliar foram dez gols.

Flamengo sem Rodrigo Caio x Flamengo com Rodrigo Caio

Sem Rodrigo Caio
30 jogos | 15 gols = 0,5 gol por jogo
média de um gol de bola parada a cada dois jogos;

Com Rodrigo Caio
20 jogos | 10 gols = 0,5 gol por jogo
média de um gol de bola parada a cada dois jogos;

Informações do site ge.

Segundo o site, dos dez gols marcados, nove deles foram decisivos, marcados quando o Flamengo perdia por um gol ou empatava uma partida. Tornado o Rubro-Negro mais fatal na bola parada. Antes dele, sete de 15 gols de bola parada foram decisivos (apenas 46%).

Flamengo com Rodrigo Caio na bola parada

Flamengo 2 x 0 LDU – escanteio, Léo Ortiz
Flamengo 4 x 2 Botafogo-PB – escanteio, Danilo
Palmeiras 0 x 2 Flamengo – pênalti, Arrascaeta
Flamengo 1 x 0 Deportivo Táchira – levantamento de falta, Léo Pereira
Flamengo 3 x 1 Chelsea – escanteio, Danilo
Flamengo 2 x 4 Bayern de Munique – pênalti, Jorginho
Flamengo 1 x 0 Fluminense – escanteio, Pedro
Bragantino 1 x 2 Flamengo – levantamento de falta, Léo Pereira
Flamengo 1 x 0 Atlético-MG – levantamento de falta, Léo Ortiz
Flamengo 1 x 0 Internacional – levantamento de falta, Bruno Henrique

Dupla Leleo

Dupla vem sendo essencial para o setor ofensivo do time – @leortiz33/Instagram

Outro fator crucial é a fase artilheira dos zagueiros da equipe, a “dupla Leleo”, Léo Ortiz e Léo Pereira, dividem a artilharia, com quatro. Danilo marcou outros três. Dos onze gols marcados por zagueiro, nove foram decisivos. Dentre eles, quatro foram do Léo Pereira, três do Ortiz e dois do Danilo.