Lisca pede paciência e promete recuperar Luan: ‘Um dos melhores do país’
Após primeira vitória no Santos, técnico diz ter conversado com o empresário do atleta por acerto e acredita que pode ajudá-lo a voltar ao ápice
O técnico Lisca não conteve a empolgação após a vitória do Santos por 2 a 1 diante do Coritiba, na última segunda-feira, 8, no Couto Pereira, a primeira dele após três partidas a frente do clube paulista. O treinador usou parte da entrevista coletiva para pedir paciência a jogadores cobrados por torcedores e confessou ter ajudado, especialmente, no acordo com meia-atacante Luan, afirmando ter confiança de que recuperará o bom futebol do jogador.
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“Foi um prazer enorme, para mim, receber o Luan no Santos. O Santos está com vontade de abrir as portas para o Luan retomar o seu futebol que eu acompanhei muito de perto. Sou de Porto Alegre, muito amigo do Renato Gaúcho. Já conversei muito com o Renato sobre esse jogador e quando o [Paulo] Pitombeira [empresário de Luan] me ligou perguntando se eu gostaria de tê-lo, na mesma hora disse: ‘gostaria muito'”, iniciou o treinador.
“Já conversei com o Luan duas ou três vezes quando jogamos contra e falei para ele: ‘você tem que jogar comigo, eu vou te dar confiança de novo’. É um jogador que entre linhas é um dos melhores do país para manobrar. O Alan Patrick, do Inter, também faz muito bem isso. Mas ele precisa entrar no padrão tático, precisa ter condições de retomada, de fazer um jogo sem a bola, de fazer um serviço sujo, também”, completou.
Luan foi anunciado pelo Santos na última sexta, 5, contratado por empréstimo do Corinthians até o fim do Campeonato Brasileiro. Ele não entra em campo desde 19 de fevereiro deste ano, há quase seis meses, e só atuou em três partidas na temporada.
Ainda há no acordo com o rival a possibilidade de renovação do empréstimo por mais uma temporada. Além dele, o Peixe anunciou a chegada do lateral-direito Nathan, do Boavista, de Portugal. A tendência é que possam ser relacionados para a partida diante do América-MG, neste domingo, 14, em Belo Horizonte.
“Tenho quase certeza que os dois [Nathan e Luan] vão ter condições [de jogar domingo] e agora é com eles, dentro de campo. O Luan me dá, também, a opção de um meia que joga por trás do Marcos Leonardo ou do Angulo. É um cara que pifa muito bem os jogadores”, afirmou.
“Ele tem que ser competitivo, ele tem que ser aguerrido, porque é isso que o Santos pede. E eu vou trabalhar com ele. O grupo todo recebeu ele muito bem. Luan, pode ter certeza que você veio para a casa certa. Nós vamos juntos mostrar para o Brasil inteiro que você tem muita capacidade, tudo no seu tempo, tudo na sua hora, sem privilégios para ninguém”, concluiu Lisca.
Diante do Coritiba, o gol que deu a vitória aos visitantes aconteceu já nos acréscimos, com o atacante equatoriano Bryan Angulo, criticado por parte dos torcedores do clube e quase negociado na atual janela de transferências.
Angulo, curiosamente, precisou de apenas cinco minutos em campo e um toque na bola para assegurar a vitória santista.
Indicado pelo argentino Fabián Bustos, antecessor de Lisca no cargo, o camisa 15 perdeu espaço logo após a saída do antigo treinador.
O clube chegou a ouvir interessados pelo jogador, mas não conseguiu emprestá-lo. Pela ausência de mais peças, Lisca passou a ensaiar a possibilidade de dar minutos ao jogador antes do fechamento da janela de transferências. Ele havia sido relacionado diante do Fluminense e atuou por alguns minutos contra o Fortaleza.
“Eu peço para a torcida voltar atrás com nessa relação com os jogadores que já estavam desgastados”, citou o treinador, elogiando, também, ao equatoriano Jhojan Julio, outro indicado por Bustos.
O declínio de Luan
Recentemente, PLACAR fez a pergunta: onde está Luan? Mostrando que o jogador estava próximo de completar 20 jogos consecutivos sem sequer ser relacionado no clube e que já poderia ser considerado um dos piores negócios da história do Timão.
Contratado no fim de 2019 por 29 milhões de reais junto ao Grêmio, pelo qual brilhou em conquistas importantes, o meia-atacante com passagem pela seleção brasileira ficou totalmente fora dos planos do técnico Vítor Pereira.
Nem mesmo a sequência de lesões no elenco, que abriu vaga para diversos jovens das categorias de base, ajudou Luan a recuperar espaço.
Corintiano desde a infância, Luan chegou ao Parque São Jorge sob enorme expectativa de que pudesse retomar a boa fase dos tempos de Grêmio. O jogador recebeu a camisa 7, número de seu ídolo, Marcelinho Carioca, e até estreou ao melhor estilo “Pé de Anjo”, marcando um belo gol de falta na Florida Cup de 2020.
Mas tudo não passou de uma ilusão: em 80 partidas pelo Timão, Luan fez apenas 11 gols, nenhum deles em momentos realmente decisivos. Além dos questionamentos sobre falta de comprometimento e de fragilidade emocional, o atleta, dono de um dos salários mais altos do elenco, também conviveu com frequentes lesões.
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