Polêmicas de arbitragem na década de 80 foram tema de PLACAR e retrospecto recente reviveu clima hostil entre equipes com provocações
Flamengo x Atlético-MG se tornou ao longo dos anos uma das maiores rivalidades interestaduais do futebol brasileiro. As duas equipes somam um retrospecto de decisões nacionais e internacionais, polêmicas de arbitragem que seguem debatidas até hoje, além de provocações por parte dos dois lados.
PLACAR explica como nasceu a rivalidade histórica entre o Rubro-Negro e o Galo, que se enfrentam neste domingo, às 20h30, no Maracanã, pela 17ª rodada do Brasileirão.
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Até a década de 80, Flamengo e Atlético Mineiro haviam se enfrentado poucas vezes – pelo Robertão e o Brasileiro da década passada, com muito equilíbrio nos confrontos.
A relação que até então era amistosa foi mudar justamente no Campeonato Brasileiro de 1980, quando cariocas e mineiros decidiram o título em final de ida e volta. O Galo de Reinaldo venceu o primeiro encontro no Mineirão, mas foi a volta, no Maracanã que entrou para a história.
O Rubro-Negro de Zico fez 3 a 2 e sagrou-se campeão. O detalhe foi o árbitro José de Assis Aragão, que expulsou três jogadores atleticanos (Reinaldo, Palhinha e Chicão).
Edição 589 da PLACAR, agosto de 1981 – Reprodução
Na Libertadores do ano seguinte, 1981, as duas equipes somaram a mesma pontuação no grupo e precisaram se encontrar para um jogo desempate. Desta vez em decisão única, Flamengo e Galo decidiram a classificação no Serra Dourada, em Goiânia, em estádio neutro.
O torcedor atleticano, em clima de revanche, apenas se frustrou mais. O árbitro José Roberto Wright expulsou cinco jogadores do Atlético (Reinaldo, Guarnelli, Chicão, Palhinha e Éder). Desta forma, cumprindo o regulamento, aos 37 minutos o jogo foi interrompido por WO e a vitória do Flamengo foi confirmada.
Matéria de 1981 sobre a mudança de Wright para Rio Grande do Sul – PLACAR
O jogo segue até hoje como um dos mais polêmicos da história da Libertadores. Mais tarde, a equipe Rubro-Negra seria campeã inédita da América sob o comando de Zico, na final diante do Cobreloa.
‘Apliquei a regra’: aquele Flamengo x Galo de 1981, nas palavras de Wright
As duas equipes se enfrentaram nas quartas de final da Copa do Brasil de 2006, que terminou com goleada rubro-negra por 4 a 1 e classificação. O Flamengo acabou sendo campeão na final contra o Vasco.
O troco atleticano só veio na semifinal da Copa do Brasil de 2014, quando o Galo perdeu no Maracanã, mas goleou também por 4 a 1 no Mineirão. Em cenário muito semelhante, o Atlético Mineiro acabou campeão da edição em final contra o rival Cruzeiro.
👃 Hmmmmm…. mas que CHEIRINHO de CAMpeão! 🐔🏆 #SuperCAMpeão pic.twitter.com/dZEr2izOD2
— Atlético (@Atletico) February 20, 2022
Foi em 2022, no entanto, que a rivalidade voltou a esquentar. Na decisão da Supercopa do Brasil, as duas equipes empataram por 2 a 2 e o Galo foi campeão nos pênaltis, após 15 cobranças no total. A equipe mineira provocou com o famoso “cheirinho”.
No mesmo ano, o Flamengo eliminou o Atlético da Copa do Brasil. Após perder por 2 a 1 no Mineirão, Gabigol lançou: “Lá no Maracanã eles vão conhecer o inferno”. O time carioca fez 2 a 0, eliminou o rival e o atacante festejou com uma placa da torcida escrito “Bem-vindo ao inferno”.
Ano passado, o presidente do Galo, Sérgio Coelho, fez pressão antes da final da Copa do Brasil. Então diretor do Flamengo, Marcos Braz respondeu: “Essa pressão do Atlético tem 40 ou 50 anos, desde os anos 80 que tem conversa fiada em relação à arbitragem”.
O Flamengo acabou campeão com vitória nos dois jogos (3 a 1) e (1 a 0).
Gabigol provoca o Galo – Reprodução
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