Cuiabá pede um valor astronômico pelo atraso de pagamento do Corinthians
Contratado no início deste ano, Raniele já esteve em campo por 42 partidas vestindo a camisa do Corinthians. No entanto, a situação financeira envolvendo a contratação do volante não anda nada bem. O Timão enfrenta um atraso no pagamento da segunda parcela pela compra do jogador, o que pode acarretar uma série de consequências negativas para o clube.
Essa pendência financeira pode não só aumentar a dívida do Corinthians, mas também submeter a equipe alvinegra a um transfer ban, impedindo o registro de novos atletas. Mesmo assim, esse possível impedimento não deve afetar as movimentações corintianas na janela de transferências do meio do ano.
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O Cuiabá, que vendeu Raniele ao Timão, sinaliza que levará o caso à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão da CBF que lida com conflitos relacionados ao futebol brasileiro. Se isso acontecer, a disputa pode demorar entre dois e três anos para ser resolvida.
O Corinthians reconhece a pendência de 400 mil euros (R$ 2,4 milhões) com o Cuiabá desde 31 de julho de 2023, data de vencimento da parcela. A intenção da diretoria corintiana é solucionar o problema sem que ele se arraste para uma resolução de disputa ou até mesmo para o campo judicial.
Quando um clube é acionado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas, tem a chance de apresentar sua defesa em uma instância inicial. Se condenado, pode recorrer, prolongando o processo por até um ano e meio. Após isso, ainda existe a possibilidade de recurso no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem.
Esse embate jurídico pode piorar uma relação já fragilizada entre Corinthians e Cuiabá. A direção cuiabana está insatisfeita com o Timão desde que o clube paulista contratou o técnico António Oliveira pagando a multa rescisória sem consulta prévia, atitude que irritou profundamente o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch.
O valor inicial do acordo pela compra de Raniele foi de 2,5 milhões de euros (R$ 15 milhões), com uma entrada de 800 mil euros (R$ 4,8 milhões) paga à vista. Restaram duas parcelas de 400 mil euros e uma final de 900 mil euros, valores que venceriam respeitando o calendário inicialmente acordado.
O Cuiabá pede agora 1,8 milhão de euros (R$ 10,8 milhões) ao Corinthians, utilizando uma cláusula contratual que pune atrasos com multas e pagamentos antecipados das prestações restantes.
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