Tinha tudo para ser apenas mais uma semifinal de campeonato, mas a briga nos bastidores sobre com o veto ao Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, esquentou o clima da partida desta quarta-feira entre São Paulo e Ponte Preta, às 21h50 (de Brasília), no Morumbi, em São Paulo, pela primeira semifinal da Copa Sul-Americana. Os ânimos da diretoria campineira se acirraram, o tom das críticas ganhou contornos bélicos e o confronto virou questão de honra para os dois lados.
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Os são-paulinos tratam de minimizar o embate fora de campo e o fato de a Conmebol ter proibido o jogo de volta em Campinas com a alegação de que o estádio não tem a capacidade mínima de 20 000 exigida, de espectadores. O discurso é que a mudança de casa (o segundo jogo será em Mogi Mirim) não afetará o desfecho da semi. “Vamos jogar onde mandarem. Contra o Flamengo, pelo Brasileirão, atuamos fora de casa e não ficamos reclamando. O campo será neutro”, disse o zagueiro Antonio Carlos.
A esperança por um jogo menos tenso na semana que vem passa por uma boa vitória em casa, e por isso o São Paulo tentará resolver a série nesta quarta com uma boa vantagem de gols. Ser eliminado da Copa Sul-Americana por um time sem tradição internacional mancharia a campanha de recuperação no Brasileiro e afetaria o planejamento para a próxima temporada. A dúvida é quem estará em campo para tentar construir essa vantagem. O técnico Muricy Ramalho tem Ademilson, Luis Fabiano e Aloísio para ocupar duas vagas no ataque e não quis abrir o jogo sobre os escolhidos.
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“Não vou falar, deixa isso para a hora do jogo”, despistou o treinador, que já utilizou todas as formações possíveis e viu Aloísio e Ademilson apresentarem melhor rendimento. A Ponte Preta, por sua vez, vive situação curiosa. Ela faz história em sua primeira competição internacional – o time se classificou ao eliminar o tradicional Vélez Sarsfield na Argentina -, mas no Brasileirão está à beira do rebaixamento. Ainda assim, o São Paulo espera por um adversário difícil. “O conjunto é muito bom e subiu muito com a chegada do Jorginho, tem jogadores que decidem”, elogiou Muricy.
(Com Estadão Conteúdo)