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PM carioca responde à crítica do apresentador Neto

Ex-jogador criticou a ação de policiais em derrota corintiana no Rio de Janeiro na última segunda-feira

Por Da redação |
Neto

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro divulgou uma nota em seu site oficial, nesta quinta-feira, respondendo ao apresentador Neto, da TV Bandeirantes, que criticou a ação de policiais que levaram o jogador Clayson à delegacia após ele ter agredido um dos oficiais após derrota do Corinthians para o Botafogo na última segunda-feira, pelo Campeonato Brasileiro.

“O Clayson deu um tapinha no policial e levaram ele preso. Vocês atiram com uma AR-15 (modelo de armamento) em uma espanhola, a matam e agora fazem uma palhaçada dessas. Isso é vergonhoso para vocês todos”, criticou o apresentador e ex-jogador em seu programa, Os Donos da Bola, na última terça-feira. “E a polícia ainda revidou o tapa. Policial não tem que revidar, eles têm que apaziguar, dar segurança. E que segurança vocês dão ao povo do Rio de Janeiro? Fizeram uma palhaçada com o menino do Corinthians, o levando para a delegacia. Mas e os caras na Rocinha, que tem tiro para todo lado? Vai aparecer na casa do chapéu, seus otários”, concluiu o apresentador.

Intitulado de “A Lei é para todos”, a PM criticou a atitude do comentarista e defendeu a ação dos policiais no estádio. A nota também ameaçou o apresentador com um processo judicial pelas palavras usadas durante a programação. Veja trechos da nota publicada:

Lamentáveis as declarações do ex-jogador e comentarista Neto num programa esportivo da TV Band de São Paulo, durante um comentário sobre o jogo entre Botafogo e Corinthians, realizado segunda-feira, 23/10, à noite no estádio Nilton Santos. Com linguajar chulo, o comentarista criticou, em tom de ofensa, os policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) que foram agredidos por dois atletas da equipe paulista enquanto faziam a escolta dos árbitros da partida. Agindo como determina o protocolo da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, os policiais conduziram os dois jogadores agressores para o Jecrim (Juizado Especial Criminal).

O comentarista Neto, além de tentar justificar – e em última instância estimular – práticas antidesportivas demonstrou aos seus telespectadores seu parco conhecimento sobre segurança pública, embora seja, como disse, filho de policial militar. Ao fazer uma vinculação descabida entre a atuação do GEPE e da força-tarefa que atua na Rocinha, o comentarista deveria ter o mínimo de respeito aos policiais que, num cenário de alta tensão e estresse, ocupam há mais de um mês aquela comunidade para pôr fim a uma guerra entre criminosos rivais armados com fuzis, pistolas e granadas. Foi ainda mais irresponsável ao citar o exemplo da morte da turista espanhola, ao insinuar que o policial que efetuou o disparo teve a intenção de matar uma inocente.

Além de registrar repúdio às declarações proferidas pelo comentarista esportivo da Band, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tomará as devidas ações legais. A nossa Corporação defende intransigentemente a liberdade de imprensa e de expressão, mas dentro dos limites do respeito à dignidade humana e das instituições.

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