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Muricy assume culpa por crise no São Paulo – e organizada promete protesto

Impotente diante do Palmeiras, equipe sofreu a terceira derrota em clássicos no ano

Por Da Redação |
O técnico Muricy Ramalho, do São Paulo, durante a partida contra o Palmeiras, válida pela 12ª rodada do Campeonato Paulista, no Allianz Parque, na zona oeste da capital paulista, nesta quarta-feira (25)

O técnico Muricy Ramalho, do São Paulo, durante a partida contra o Palmeiras, válida pela 12ª rodada do Campeonato Paulista, no Allianz Parque, na zona oeste da capital paulista, nesta quarta-feira (25)

A derrota por 3 a 0 para o Palmeiras – o terceiro revés em clássicos só em 2015 – deixou o ambiente bastante pesado no São Paulo. Após a partida desta quarta-feira no Allianz Parque, o técnico Muricy Ramalho admitiu o abatimento da equipe, que na próxima semana fará uma partida decisiva diante do San Lorenzo, pela Libertadores. O treinador disse que o grupo de jogadores não vem reagindo bem às derrotas e admitiu sua parcela de culpa.

“A gente não vem dando resposta. Tem hora que não dá só para conversar. O time tem que dar resultado e não está dando, e eu sou responsável por isso. Já tive uma conversa um pouco mais dura com os jogadores, mas se vê que não adiantou’, disse, recordando o primeiro trauma do ano, a derrota para o Corinthians, no Itaquerão, pela Libertadores. Ele disse ainda que a pressão sobre o treinador é normal no futebol. “O time não está dando resultado e é normal reclamar. Não acho injusto. O técnico é responsável, é ele quem escala o time e fala para contratar.”

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Muricy acredita que a expulsão do zagueiro Rafael Toloi, com dez minutos de jogo, mudou completamente os rumos da partida. Ele afirmou que o cartão vermelho foi justo, mas evitou crucificar o atleta. “É difícil vir aqui rifar o jogador e também não houve nada lá dentro do vestiário. Os jogadores são parceiros, sabem que ele errou, mas não é hora de jogar a culpa toda no Toloi, porque ele já está arrebentado. Todos estavam até sem força para cobrar, ficaram muito calados”. Já no fim do clássico, o meio-campista Michel Bastos também foi expulso, ao dar um carrinho imprudente em Arouca..

Pressão – O vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, deixou a arena do Palmeiras bastante irritado e avisou que teria uma nova reunião com o treinador e os atletas. “Não quero falar agora. Vou conversar com todos na quinta-feira porque não é possível perder assim de novo. Tem muita coisa errada”, avisou o dirigente.

A Independente, maior torcida organizada do clube, também reclamou. Em seu perfil no Twitter, a torcida avisou que fará um protesto no CT da Barra Funda, no sábado, e acusou o time de “amarelar” em jogos importantes. Os integrantes da torcida exigem a saída de Muricy Ramalho e de vários dirigentes, especialmente o presidente Carlos Miguel Aidar.

Além de exigir a renovação, a Independente criticou os preços estipulados para ingressos em jogos no Morumbi e reclamou dos jogadores e diretoria. “Estão acabando com a história do São Paulo Futebol Clube”. No clássico contra o Palmeiras, a torcida desistiu de ir por ter de pagar 200 reais pelo ingresso de visitante – cerca de apenas 100 torcedores do clube estiveram no estádio do rival. O São Paulo volta aos treinos na tarde desta quinta-feira e enfrenta, no domingo, o Linense, no Morumbi.

(com Gazeta Press e Estadão Conteúdo)

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