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Em SP, o foco da seleção brasileira contra a aflição chilena

Já garantido na Rússia, Brasil promete seriedade visando o Mundial. Já os bicampeões continentais não podem perder e vão ao ataque

Por Luiz Felipe Castro |

Neymar e Valdívia

A seleção brasileira terá nesta terça-feira, a partir das 20h30 (de Brasília), um dos melhores testes possíveis visando a Copa do Mundo. O adversário no Allianz Parque, em São Paulo, será o Chile, atual bicampeão da Copa América e única equipe a vencer o Brasil nestas Eliminatórias. A situação dramática dos chilenos, contrastando com a tranquilidade do líder isolado e já garantido na Rússia, torna a despedida brasileira na competição ainda mais interessante. Por isso, as duas seleções prometem foco total. E times no ataque.

O Chile briga com Uruguai, Colômbia, Argentina, Peru e Paraguai por quatro vagas e, para não ficar fora do Mundial, precisa vencer ou a menos empatar na Arena do Palmeiras. Se perder, tem grandes chances de assistir o Mundial pela TV. O Brasil, por sua vez, jamais perdeu um jogo de Eliminatórias em casa e defende uma invencibilidade de 53 anos na capital paulista, desde a derrota por 3 a 0 para a Argentina, no Pacaembu, pela Copa das Nações de 1964.

Tite manterá a base do time que chegou a 11 partidas de invencibilidade na competição. As únicas mudanças significativas serão as entradas do goleiro Ederson, do Manchester City, e do lateral-esquerdo Alex Sandro, Juventus, que ganhou chance depois das lesões de Marcelo e Filipe Luís, cortados. “Não posso desestruturar a equipe em demasia, geralmente mexo em duas peças no máximo”, afirmou Tite na véspera.

O treinador gaúcho disse lamentar o drama vivido pela seleção chilena e também pelos argentinos, de quem diz ter admiração, e do treinador da Colômbia, o argentino José Pékerman, seu amigo. Mas afirmou que “vai se classificar quem fizer por merecer” e negou qualquer hipótese de “corpo mole” da seleção brasileira para prejudicar a Argentina.

“Vamos fazer o que é mais importante para nós e para nossa dignidade. Não é nada de extraordinário, vamos dar o máximo, como devemos fazer sempre. Devemos respeitar a nós mesmos primeiro.” O capitão do time será, pela primeira vez, o zagueiro Marquinhos.

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Chile: ‘Mais uma final’

Já o Chile, que participou dos últimos dois Mundiais (em ambos foi eliminado pela seleção brasileira nas oitavas de final) terá problemas: o volante Arturo Vidal, do Bayern de Munique, está suspenso. Já seu parceiro de meio-campo, Charles Aranguiz, jogador com passagem pelo Inter de Porto Alegre, se recupera de lesão e deve ser desfalque.

O time chileno, porém, conta com atletas experientes como o goleiro Claudio Bravo, o atacante Alexis Sanchez e o meia Jorge Valdivia, que retornou à seleção após se destacar em sua volta ao Colo-Colo. O meia de 33 anos retornará ao estádio do Palmeiras, clube pelo qual fez mais de 300 jogos se destacou durante dois passagens, e deve ser titular.

O técnico Juan Antonio Pizzi conduziu o Chile à finais da Copa América Centenário (venceu a Argentina) e da Copa das Confederações (perdeu para a Alemanha). “Esse jogo é como uma terceira final para nós”, afirmou. Argentino, Pizzi disse não se importar com a briga direta entre o Chile e seu país natal. “Me preocupo somente no que fazer contra o Brasil.”

Prováveis escalações

Brasil: Ederson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Alex Sandro; Casemiro, Renato Augusto, Paulinho e Philippe Coutinho; Neymar e Gabriel Jesus. Técnico: Tite

Chile: Claudio Bravo, Isla, Medel, Jara e Beausejour; Francisco Silva, Pedro Hernández, Felipe Gutiérrez e Jorge Valdivia; Alexis Sanchez e Eduardo Vargas; técnico: Juan Antonio Pizzi

 

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