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Nike evita condenar Pistorius – mas suspende seu contrato

A empresa já tinha cancelado campanha com o atleta, acusado de assassinato

Por Da Redação |
Veja.com

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Além do acordo com a Nike, Oscar Pistorius tinha contratos com Oakley, British Telecom, Thierry Mugler e uma fabricante de próteses. Calcula-se que recebesse em torno de 4,7 milhões de dólares por ano

A maior marca de material esportivo do planeta abriu mão de mais um contrato de patrocínio em decorrência de problemas envolvendo seus garotos-propaganda. Depois de Lance Armstrong, que confessou que se dopava, Oscar Pistorius, o atleta paralímpico mais famoso da história, também teve seu acordo com a Nike interrompido. De acordo com anúncio feito nesta quinta-feira pela companhia americana, o envolvimento de Pistorius na morte da namorada, Reeva Steenkamp, fez com que seu contrato fosse suspenso. A empresa deixou claro, porém, que aguarda o esclarecimento da tragédia, evitando qualquer crítica ao atleta – que garante que a morte da modelo foi acidental. “Acreditamos que Oscar Pistorius deve ter um julgamento imparcial e continuaremos acompanhando a situação muito de perto”, disse a Nike em comunicado. A empresa já tinha cancelado a campanha publicitária em que Pistorius aparecia junto da frase “Eu sou a bala em seu revólver”. Agora, o sul-africano está afastado do rol de atletas patrocinados pela empresa, que inclui Cristiano Ronaldo, Roger Federer, Neymar, LeBron James, Rafael Nadal, Kobe Bryant e dezenas de outros grandes nomes do esporte.

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Nos últimos anos, a gigante dos artigos esportivos amargou problemas com diversos contratos desse tipo. Depois de passar mais de uma década apoiando Lance Armstrong, que era um dos principais garotos-propaganda da empresa, a Nike rompeu seu contrato com o ciclista depois da confirmação de que ele se dopava. A empresa também teve problemas com o golfista Tiger Woods, que tinha até uma linha própria de produtos – e passou por uma turbulenta separação depois da revelação de que ele traía a mulher repetidamente. A velocista Marion Jones (por doping) e o jogador de futebol americano Michael Vick (que foi julgado por apostar em rinhas de cães) também deram dores de cabeça à Nike, que gasta centenas de milhões de dólares com patrocínios. Além do acordo com a Nike, Oscar Pistorius tinha contratos com a fabricante de óculos de sol Oakley (que também suspendeu o patrocínio) e com marcas como British Telecom e Thierry Mugler. Lucrava alto, também, para usar as pernas mecânicas da empresa Ossur. Calcula-se que recebesse em torno de 4,7 milhões de dólares por ano com esses contratos.

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