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De ‘brucutu’ a espião, a ascensão de Alexandre Gallo

Volante de pouca técnica com passagens por Santos e Atlético-MG, ele virou técnico, chegou à CBF e vai ajudar Scolari a conhecer melhor os adversários

Por Da Redação |
Trabalho no Náutico levou Gallo à CBF e, agora, à condição de espião da seleção

Trabalho no Náutico levou Gallo à CBF e, agora, à condição de espião da seleção

Volante pegador e especialista em marcação nos tempos de jogador, bem ao estilo “brucutu” apreciado por Luiz Felipe Scolari, Alexandre Gallo não se destacou em campo a ponto de merecer uma lembrança na seleção brasileira. Como técnico, porém, em menos de uma década de carreira, ele vive uma ascensão meteórica: embora sem nenhum trabalho de destaque no cenário nacional, conseguiu uma boa oportunidade na CBF, como coordenador das categorias de base, e na Copa das Confederações vai trabalhar diretamente com Felipão, na função de observador – na prática, o “espião” que vai levar ao técnico as informações sobre os próximos adversários do Brasil.

O anúncio foi feito pela CBF na quarta-feira, discretamente, em nota em que informava a comissão técnica da seleção para a Copa das Confederações. Ganhou até elogios protocolares de Scolari: “Já trabalhamos em conjunto com o Gallo, um profissional que tem a minha inteira confiança e a da comissão técnica, e que vai ser muito importante na observação que fará para a seleção brasileira na Copa das Confederações”, diz o texto. Gallo já deu dicas a Felipão pelo menos uma vez recentemente: no amistoso contra a Bolívia, indicou alguns jogadores para completar a lista de convocados, limitada apenas a jogadores que atuam no futebol brasileiro. Entre os chamados, o lateral Douglas Santos, do Náutico, com quem trabalhou no ano passado, em seu último emprego em um clube.

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Como jogador, Gallo construiu uma carreira consistente, embora sempre como coadjuvante, e amargou três vice-campeonatos brasileiros, nos tempos em que ainda havia final: com o Santos em 1995, a Portuguesa no ano seguinte e o Atlético-MG em 1999. Passou ainda por Botafogo de Ribeirão Preto, sua cidade natal, São Paulo, Vitória, Guarani, Botafogo e Corinthians, onde se aposentou, em 2000. Como técnico, teve chances em alguns grandes clubes, como Santos, Internacional e Atlético-MG, mas sem resultados de alcance nacional – seu currículo aponta somentes títulos estaduais, com Sport, em 2007, e Figueirense, em 2008, além de uma Recopa Sul-Americana com o Inter, em 2007.

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No ano passado, conduziu o Náutico em campanha discreta no Brasileiro, e parece ter agradado aos dirigentes da CBF, que o chamaram para reestruturar as categorias de base após o fiasco no Sul-Americano Sub-20, em janeiro neste ano, no qual o Brasil caiu na primeira fase e ficou sem vaga no Mundial da categoria. Seu primeiro trabalho foi no Sul-Americano Sub-17, com relativo sucesso: o time ficou em terceiro lugar e, embora tenha perdido a supremacia de títulos que vinha desde 2005, se garantiu no Mundial, que será em outubro, nos Emirados Árabes. Nesta semana, ele tem treinado a equipe sub-20 numa série de amistosos em preparação a torneios na Europa – a CBF só não explicou como ele fará para conciliar esse trabalho, que vai até meados de junho, com a Copa das Confederações, que começa no dia 15 do mesmo mês.

(Com Estadão Conteúdo)

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