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Vigiados de perto, argentinos e brasileiros lotam o Mineirão

Aparato de segurança reforçado monitora chegada do público para Argentina x Irã. Depois de briga na rua durante a madrugada, o clima no estádio era festivo

Por Giancarlo Lepiani, com fotos de Ivan Pacheco, de Belo Horizonte |
Veja.com

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Se na madrugada deste sábado argentinos e brasileiros partiram para a briga na Savassi, bairro boêmio da capital mineira – houve chuva de garrafas e agressões -, nos portões de entrada a relação entre os rivais era razoavelmente amistosa

Na chegada para o primeiro jogo da Copa do Mundo desde o anúncio de um reforço na segurança em torno dos estádios, a preocupação das forças de segurança era absolutamente evidente neste sábado, em Belo Horizonte – mas a vigilância ainda maior sobre o público não impediu que o clima fosse festivo ao redor do Mineirão antes de Argentina x Irã, às 13 horas (de Brasília). A polícia mineira estava completamente mobilizada para o jogo desde o início da manhã, com viaturas do Batalhão Copa, treinado especificamente para o controle de multidões no evento, espalhadas por toda a Pampulha (além das áreas onde poderiam haver protestos e brigas, na região central da cidade). As barreiras policiais montadas nas doze vias de acesso ao perímetro de segurança do estádio funcionavam com maior rigor, intensificando a checagem dos ingressos e credenciais de quem tentava se aproximar do Mineirão.

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Os policiais que participam da operação confirmam que receberam instruções para checar os bilhetes e evitar que os argentinos furassem o bloqueio recorrendo a artimanhas que funcionaram em partidas anteriores – alguns mostravam rapidamente os ingressos usados de outros jogos e apertavam o passo para tentar enganar os agentes. Neste sábado, isso não colou: sabendo que milhares de argentinos estariam na cidade sem entradas para o jogo, os policiais redobraram a atenção. Já dentro do perímetro de segurança, o clima era tranquilo até pouco mais de uma hora antes do pontapé inicial. Se na madrugada deste sábado argentinos e brasileiros partiram para a briga na Savassi, bairro boêmio da capital mineira – houve chuva de garrafas e agressões -, nos portões de entrada a relação entre os rivais era razoavelmente amistosa, com algumas provocações e brincadeiras mas sem grandes confusões.

O horário do jogo ajudou: enquanto os arruaceiros da Savassi consumiram litros e litros de álcool até o momento em que as brincadeiras viraram pancadaria, os torcedores que chegaram ao Mineirão neste sábado mal tinham digerido o café da manhã (ainda que a mesa de muitos nos hotéis da capital mineira incluíssem pão de queijo e latinhas de cerveja). Como a invasão de torcedores chilenos ao centro de imprensa do Maracanã foi a causa principal da adoção de medidas reforçadas de segurança nos estádios, a polícia mineira dedicou especial atenção aos acessos de jornalistas e emissoras de TV no Mineirão, na Avenida Antônio Abrahão Caran. Quatro viaturas estavam estacionadas diante do portão e o fluxo de torcedores era redirecionado com grades de ferro, mantendo o público à distância dos acessos reservados a quem estava trabalhando na partida.

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