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Vice da CBF exige explicações de Del Nero por renúncia

Delfim Peixoto Filho ironizou sobre as ausências de Del Nero nas reuniões da Fifa. ‘Quando jovem, ele era aventureiro, gostava de conhecer o mundo’

Por Da Redação |
O presidente da CBF Marco Polo Del Nero, durante coletiva de imprensa do Rio de Janeiro

O presidente da CBF Marco Polo Del Nero, durante coletiva de imprensa do Rio de Janeiro

A renúncia de Marco Polo Del Nero do Comitê Executivo da Fifa causou comentários negativos na CBF na quinta-feira. O vice-presidente da entidade, Delfim de Pádua Peixoto Filho, criticou o mandatário da confederação e cobrou explicações por suas ausências nos compromissos internacionais. “Ele tem de dar explicações. Sei que, quando mais jovem, o Del Nero era aventureiro, gostava de conhecer o mundo, sempre nos favorecimentos que o futebol lhe deu. De uma hora para outra, ele enjoou, perdeu a vontade de viajar”, afirmou o também presidente da Federação Catarinense de Futebol.

Em seguida, ainda querendo atingir Del Nero, o dirigente lançou outra flecha, desta vez para o presidente do Vasco, Eurico Miranda, que o acusou de organizar um esquema para prejudicar o clube carioca. “Mas é normal o Del Nero ter enjoado de viajar, porque realmente enjoamos das coisas. Eu, por exemplo, cansei de torcer para o Vasco. Mas também, com aquele presidente, fica difícil”, ironizou Peixoto Filho.

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Caso Del Nero deixe a presidência da CBF antes do término de seu mandato, a sucessão fica a cargo do vice-presidente mais velho da entidade, no caso, o próprio Delfim Peixoto Filho. Apesar disso, ele negou que tenha algum interesse desse tipo ao querer explicações do atual mandatário. “Só desejo que ele justifique o motivo de não viajar mais, pois Del Nero não está representando o Brasil no exterior nos últimos meses. Falam do Ricardo Teixeira, mas, apesar de tudo, ele sempre esteve na Conmebol, na Fifa, e não fez o papelão que o Del Nero tem feito.”

Nesta quinta, Del Nero pediu seu desligamento como representante da Conmebol no Comitê Executivo de Fifa e indicou um de seus quatro vice-presidentes, Fernando Sarney, filho do ex-presidente da República José Darney, para o cargo. O pedido foi aceito por unanimidade pelo Comitê Executivo da entidade sul-americana, que agora encaminhará para homologação junto à Fifa. A entidade que regula o futebol mundial já havia manifestado incômodo com as frequentes ausências de Del Nero, que faltou em todas as reuniões da entidade desde maio, quando seu antecessor José Maria Marin foi preso em Zurique.

Delfim de Pádua Peixoto Filho VEJA

(com Gazeta Press)

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