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Tenista brasileira Bia Haddad Maia é flagrada em exame antidoping

Federação Internacional de Tênis anunciou o resultado adverso, e a suspensão provisória da atleta de 23 anos, nesta terça-feira

Por Alexandre Salvador |

A tenista brasileira Bia Haddad Maia, em ação na primeira rodada do torneio de Wimbledon de 2019

A tenista brasileira Beatriz Haddad Maia, atualmente 99ª colocada do ranking mundial, foi flagrada em um exame antidoping realizado no mês passado com o metabólito de duas substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Doping (Wada). O anúncio do resultado adverso e sua suspensão provisória foram divulgados nesta terça 23 pela Federação Internacional de Tenis (ITF). Na urina de Bia, coletada em 4 de junho durante um torneio na cidade de Bol, na Croácia, foram identificados marcadores ligados a dois tipos de moduladores seletivos do receptor de androgênio, conhecidos pela sigla Sarm: o S-22 e o LGD-4033, ambos proibidos pelo código da Wada. O LGD-4033, conhecido popularmente como ligandrol, é conhecido entre o mundo dos fisiculturistas como uma alternativa aos esteroides anabolizantes.

Em comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa no início da tarde, Bia Haddad não nega nem confirma a ingestão das duas substâncias proibidas, mas diz “que jamais procurou obter vantagem indevida, sempre respeitou o jogo limpo e que trabalhará na sua defesa para provar sua inocência.” A tenista será defendida pelo advogado Bichara Neto, cujo escritório é especialista em casos de atletas acusados de doping. Foi ele quem recentemente defendeu o nadador brasileiro Gabriel Santos, suspenso pelo uso de anabolizantes.

Confira o anúncio do resultado e da suspensão de Bia divulgado pela ITF:

A Srta. Haddad Maia, uma jogadora de 23 anos do Brasil, forneceu uma amostra de urina em 4 de junho de 2019, durante sua participação no WTA Croatia Bol Open, realizado em Bol, Croácia, de 3 de junho a 9 de junho. Essa amostra foi enviada para análise no laboratório acreditado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) em Montreal, no Canadá, e nela foi encontrado o metabólito SARM S-22 e SARM LGD-4033. SARM S-22 e SARM LGD-4033 são substâncias não especificadas, que são proibidas na categoria S1 da Lista Proibida da WADA (Agentes Anabólicos) 2019 e, portanto, também são proibidas pelo Programa. Testes positivos para Substâncias Não Especificadas carregam uma Suspensão Provisória obrigatória.

Em 12 de julho de 2019, a Srta. Haddad Maia foi acusada de uma Violação da Regra Antidoping sob o Artigo 2.1 do Programa (presença de uma Substância Proibida na Amostra de um Jogador) e foi provisoriamente suspensa com efeitos a partir de 22 de julho de 2019. A Sra. Haddad Maia tinha (e retém) o direito de solicitar ao Presidente do Tribunal Independente que a Suspensão Provisória não fosse imposta, mas optou por não exercer esse direito até esta data.

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