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Suíça pode anunciar extradição de Marin aos EUA nesta terça

Ex-presidente da CBF teria mudado de ideia e estaria disposto a aceitar ir aos Estados Unidos, onde poderia negociar um pedido de prisão domiciliar

Por Da Redação |
Presidente da CBF José Maria Marin

Presidente da CBF José Maria Marin

O destino de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, será decidido nos dois próximos dias. O brasileiro será o último entre os sete cartolas do futebol que foram presos na Suíça, em maio, a ter seu processo avaliado. Nesta segunda-feira, o governo do país deve examinar o dossiê e uma decisão sobre a extradição solicitada pelos Estados Unidos pode ser anunciada até terça-feira. Marin já indicou a advogados que poderia abrir mão de um recurso e aceitar deixar a prisão de Zurique se o Ministério Público suíço optar pela extradição.

Para isso, Marin poderá pagar mais de 38 milhões de dólares (147 milhões de reais) para fechar um acordo com os americanos, incluindo o confisco de seu apartamento em Nova York, avaliado em mais de 2 milhões de dólares (cerca de 7,7 milhões de reais. Marin foi preso em 27 de maio, acusado de corrupção em contratos da CBF com parceiros.

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Nos dias seguintes à sua detenção, seus advogados entraram com um recurso e indicaram que o seu cliente não aceitaria uma extradição voluntária aos Estados Unidos. Mas, quase cinco meses depois, Marin mudou de ideia: aos 83 anos, considera que se a extradição for concedida sem deixar brechas para um recurso, apresentar uma apelação seria apenas prolongar sem qualquer resultado sua estadia na prisão por mais dois ou três meses, como fizeram outros cartolas, como o uruguaio Eugenio Figueredo.

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Um a um, todos os seis cartolas já tiveram suas extradições autorizadas, inclusive alguns que teriam cometido crimes equivalentes ao de Marin. Os suíços chegaram a rejeitar até mesmo um pedido de liberdade condicional a Rafael Esquivel, da Venezuela, que estaria sofrendo de problemas de saúde, segundo seus advogados.

Marin ainda se aproveitaria do fato de ter um apartamento em Nova York para negociar uma prisão domiciliar, como também já fizeram outros dirigentes como Jeffrey Webb, ex-vice-presidente da Fifa. Caso os suíços optem pela extradição, o acordo entre Marin e a Justiça americana envolveria uma fiança de perto de 10 milhões de dólares. Isso, porém, incluiria o confisco de seu apartamento na Quinta Avenida, em Nova York.

Em troca, ele poderia aguardar o julgamento em liberdade condicional e teria seu espaço para se movimentar cada vez maior ao longo dos anos. Inicialmente, ele não poderia deixar o apartamento. Mas o ex-dirigente demonstra claros sinais de preferir essa opção a ficar na prisão de Zurique. “Ele pergunta como seria a estadia, se poderia tomar banho em seu chuveiro e dormir em sua cama”, contou na Suíça uma pessoa que regularmente o presta visitas.

(com Estadão Conteúdo)

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