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Suíça alega que Marin repartiu propina com outros dirigentes

Cartola aceitou ser extraditado para os EUA depois de passar cinco meses preso em Zurique. Seu sucessor, Del Nero, também está sendo investigado

Por Da Redação |
Os presidentes da CBF, José Maria Marin, e da federação paulista, Marco Polo Del Nero, em audiência pública sobre a Copa de 2014, na Câmara, na semana passada

Os presidentes da CBF, José Maria Marin, e da federação paulista, Marco Polo Del Nero, em audiência pública sobre a Copa de 2014, na Câmara, na semana passada

Ao revelar que o ex-presidente da CBF José Maria Marin aceitou a extradição da Suíça para os Estados Unidos, o Departamento de Justiça suíço sinalizou que outros dirigentes brasileiros podem estar envolvidos no escândalo de corrupção no futebol. Segundo os suíços, o brasileiro é “suspeito de ter aceitado e compartilhado” com outras pessoas suborno pelos direitos de marketing de edições da Copa América e da Copa do Brasil.

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“Seus atos afetaram financeiramente a CBF, assim como duas associações continentais”, informou a Justiça suíça. Marco Polo del Nero, atual presidente da CBF, também está sendo investigado pelo FBI. Seu nome não foi citado nas investigações até o momento, mas descrições que poderiam ser preenchidas por ele ou pelo ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira, fazem parte das acusações publicadas pelo FBI.

Del Nero é suspeito de também ter recebido propinas em esquemas de venda de direitos de transmissão da Copa do Brasil quando ainda era o vice de Marin. O FBI quer provar que o esquema usou o sistema financeiro americano, o que justificaria o pedido de prisão. Outro nome na lista do FBI é o do empresário Kleber Leite. Sua empresa, a Klefer, teria negociado e organizado o pagamento de propinas, segundo as investigações. Marco Polo Del Nero não sai do Brasil há quatro meses, temendo ser preso.

Extradição – O Departamento de Justiça da Suíça não informou quando Marin deve chegar a Nova York. “Por razões de segurança e conforme as regras de proteção da privacidade, nenhum informação será dada sobre o momento em que o detento será entregue”, declararam as autoridades. Agora, a polícia americana tem dez dias para buscar o brasileiro e leva-lo aos EUA para responder ao processo.

O dirigente de 83 anos tem um apartamento em Nova York e já negocia uma fiança milionária que o permitirá ficar em prisão domiciliar enquanto o julgamento ocorrer. Pelo acordo, seu imóvel seria confiscado pelos americanos e Marin ainda teria que pagar uma multa de mais de 7 milhões de dólares.

(com Estadão Conteúdo)

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