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Rússia ignora Salah, vence e empolga

Com ótimo saldo de gols, anfitriões praticamente garantem classificação antecipada para as oitavas

Por Fernando Beagá |
Denis Cheryshev comemora após marcar o segundo gol da Rússia, durante partida contra o Egito, válida pelo grupo A da Copa do Mundo - 19/06/2018

Denis Cheryshev comemora após marcar o segundo gol da Rússia, durante partida contra o Egito, válida pelo grupo A da Copa do Mundo – 19/06/2018

Somente o fator casa, o apoio da torcida local, pode explicar um desempenho acima do esperado em Mundiais. Foi assim com a Suécia finalista de 1958, o Chile semifinalista de 1962, a Inglaterra campeã de 1966, o México, que chegou às quartas em 1970 e 1986, e a surpreendente a Coreia do Sul, quarta colocada e 2002. Pois a Rússia, que iniciou a Copa do Mundo que sedia como pior colocada no ranking da Fifa (entre os participantes), chegou a sua segunda vitória (3 a 1 sobre o Egito) e praticamente garantiu sua vaga na próxima fase — com saldo positivo de sete gols, somente uma combinação de resultados improvável a deixaria de fora.

Tabela completa de jogos da Copa do Mundo de 2018

Foi um primeiro tempo equilibrado. A melhor chance russa, em chute de Golovin, foi logo aos cinco minutos. A melhor resposta egípcia veio do estreante Mohamed Salah, aos 42. Ele dominou na entrada da área e finalizou à direita de Akinfeev. Cada movimento do camisa 10 foi acompanhado com apreensão — pelo receio de sentir a contusão no ombro esquerdo ou pelo que poderia criar.

Tão habituais quanto os pênaltis marcados pelo árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) nesse Mundial têm sido os gols contra. O quinto ‘autogol’ ocorreu em corte equivocado do capitão egípcio Fathi, após chute de Zobnin, aos dois minutos do segundo tempo. A Rússia contou gols de seus dois novos (e empolgados) titulares para deslanchar. Aos quatorze, o lateral brasileiro Mário Fernandes fez boa ultrapassagem e serviu Cheryshev, agora artilheiro do torneio ao lado de Cristiano Ronaldo, com três gols. Os Faraós mal se recompuseram do golpe quando o grandalhão Dzyuba mostrou habilidade, ao dominar lançamento longo e driblar o zagueiro Ali Gabr antes de finalizar, implacável.

E houve pênalti com VAR também. Salah foi agarrado e o árbitro argentino Enrique Cáceres foi alertado ter sido dentro da área. Além de realizar o sonho de jogar a Copa, o craque do Liverpool, da Inglaterra, anotou seu gol, aos 28. Não foi suficiente para promover uma reação do Egito, que só mantém chances de classificação se a Arábia Saudita conseguir a façanha de vencer o Uruguai nesta quarta, ao meio-dia, em Rostov.

A Rússia fecha o Grupo A na segunda, 25 de junho, às 11h, contra o Uruguai. No mesmo dia e horário, Egito e Arábia Saudita se enfrentam em Volgogrado.

Ponto alto

O que mais impressiona na campanha russa até aqui é a qualidade da construção de seus gols. Arábia Saudita e Egito, entretanto, não estão em patamares que podem garantir aos anfitriões delirar com uma semifinal. Por enquanto.

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Ponto baixo

Até então craque do time ao lado do contundido Dzagoev, o centroavante Smolov foi barrado pelo técnico Stanislav Cherchesov e do banco viu o colega Dzyuba marcar seu segundo gol no Mundial. Quando entrou, ainda conseguiu receber um cartão amarelo.

Ficha do jogo

Rússia 3 x 1 Egito

Local: estádio de São Petersburgo. Árbitro: Enrique Cáceres (ARG). Público: 64.468. Gols: Fathi (contra), aos 2, Cheryshev, aos 14, Dzyuba, aos 17, Salah, aos 28 do segundo tempo.

Rússia: Akinfeev; Mário Fernandes, Kutepov, Ignashevich e Zhirkov (Kudryashov); Gazinsky e Zobnin; Samedov, Golovin e Cheryshev (Kuzyaev); Dzyuba (Smolov). Técnico: Stanislav Cherchesov.

Egito: El Shenawy; Ahmed Fathi, Hegazy, Ali Gabr e Abdelshafy; Hamed e Elneny (Warda); Salah, Said e Trezeguet (Sobhi); Mohsen (Kahraba). Técnico: Héctor Cúper.

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