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Romário falta à festa dos 25 anos do tetra organizada pelos jogadores

Sem seu principal protagonista, que já havia faltado em outra festa por desavenças com a CBF, campeões de 1994 se reuniram em um hotel no Rio

Por Luiz Felipe Castro |

Cafu, Mauro Silva, Taffarel e Raí na roda de samba

Os 25 anos do tetracampeonato mundial conquistado pela seleção brasileira foram celebrados em duas grandes festas, uma organizada pela CBF, no último sábado 13, e outra promovida pelos próprios ex-atletas, sem nenhum cartola envolvido, nesta quarta-feira 17, em um hotel em Ipanema, no Rio. O principal protagonista da conquista nos Estados Unidos, Romário, faltou em ambas as ocasiões.

O ex-atacante e hoje senador havia faltado na primeira homenagem por desavenças com a CBF, mas era aguardado na festa fechada para até 80 convidados e chegou a manifestar no grupo de WhatsApp dos campeões o desejo de comparecer. Ele, no entanto, não apareceu, o que deixou os velhos parceiros surpresos. A assessoria do senador informou que sua ausência foi um “posicionamento contrário à gestão da CBF”, ainda que não houvesse nenhum cartola da entidade no local. 

Outra ausência sentida foi a de Zagallo, auxiliar do técnico Carlos Alberto no tetra. Aos 87 anos, ele vem enfrentando problemas de saúde e mandou seu filho, Paulo Zagallo, representá-lo.

A ausência de dirigentes da CBF na celebração desta quarta foi um pedido dos próprios atletas e da comissão técnica da época, que queriam ter “um momento só deles”. O evento foi idealizado por Raí e Jorginho há alguns meses. Ao saber da iniciativa dos jogadores, a CBF também quis homenageá-los, promovendo uma grande festa no último fim de semana De todos os convidados, o único que recusou o convite e criticou a festa promovida pela entidade foi Romário, feroz crítico da CBF há pelo menos duas décadas.

Desde o princípio, ainda no grupo de Whatsapp, a intenção dos organizadores do encontro era reunir o grupo inteiro que fez história nos EUA e que, de modo geral, se dá muito bem – o ex-zagueiro Ricardo Rocha é considerado o “palhaço” da turma e se esforça para manter os laços de amizade. Para contar com todos os tetracampeões, houve um esforço para minimizar um problema pessoal entre duas de suas principais estrelas daquela conquista. Em 2016, Dunga, o capitão do tetra e então técnico da seleção, e Gilmar Rinaldi, goleiro reserva na campanha e diretor da CBF na ocasião, processaram Romário por difamação – em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, o “Baixinho” disse que havia “interesses escusos” nas convocações do ex-colega.

Dunga e Gilmar ganharam os processos contra Romário e as partes seguem sem se falar, mas concordaram em aparar as arestas em nome do coletivo. “Não temos amizade, Romário não reúne as condições para ser meu amigo. Mas a reunião do tetra é outra coisa, se ele estiver lá será tratado com todo o respeito. Uma coisa é nosso time e outra é o que cada um faz na sua vida”, afirmou Gilmar, dias antes do jantar. Ele participou das celebrações no último fim de semana, na Granja Comary, mas não foi à última celebração, pois compareceu à formatura de sua filha, em Madri.

O evento desta quarta-feira contou com atrações musicais – Pretinho da Serrinha comandou uma roda de samba e a DJ carioca Luluta  ficou responsável por remixar canções que marcaram as vidas dos jogadores, como Lá Vai Pitomba, de Luiz Gonzaga. O menu, assinado por Jérôme Dardillac, chef executivo do hotel Fairmont Copacabana, contou com polvo, ceviche de salmão, palmito assado, entrecôte grelhado ao molho café de Paris, tartin de queijo de cabra com compota de cebola e figo, creme de cogumelos, risoto de camarão com abobrinha, gengibre e limão siciliano. 

 

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