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Real fura defesa do Barça, vira o placar e vence o clássico

Neymar abriu o placar com um golaço, mas Cristiano quebrou a série invicta do goleiro Bravo. No segundo tempo, Pepe e Benzema definiram o resultado: 3 a 1

Por Da Redação |
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O Barcelona tinha a seu favor a invencibilidade do goleiro Claudio Bravo e a estreia de Luis Suárez – e ainda saiu na frente no placar no maior clássico da Espanha, neste sábado, em Madri. Mas mesmo depois de um golaço de Neymar, o Real Madrid foi mais eficiente e venceu o tão esperado duelo, válido pela nona rodada do Campeonato Espanhol, por 3 a 1, de virada, no Estádio Santiago Bernabéu. Fazendo mais uma boa partida diante do Real, Neymar marcou 1 a 0 logo aos três minutos de jogo. Em pênalti cometido por Piqué, Cristiano Ronaldo fez seu 16º gol no torneio, do qual é artilheiro isolado, empatando o clássico ainda no primeiro tempo. O pênalti convertido pelo astro português ainda representou o fim da série invicta de Claudio Bravo na competição (o chileno passou mais de 750 minutos sem ser vazado). Na segunda etapa, Pepe e Benzema também balançaram as redes e garantiram o triunfo dos donos da casa. Suárez teve uma atuação apenas discreta, assim como Lionel Messi. A vitória fez com que a equipe madrilenha assumisse a vice-liderança do campeonato e diminuísse a vantagem para o primeiro colocado, justamente o rival catalão, para apenas um ponto.

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Golaço de Neymar – O Real teve duas alterações em relação ao time que venceu o Liverpool na última quarta-feira, pela Liga dos Campeões. Carvajal ganhou a posição de Arbeloa na lateral direita, e Sergio Ramos, recuperado de lesão, voltou à zaga. O único desfalque foi o galês Gareth Bale, machucado. No Barcelona, Luis Enrique enfim conseguiu escalar seu trio de ouro no ataque, com o fim da suspensão de quatro meses a Luis Suárez por ter mordido o italiano Giorgio Chiellini na Copa do Mundo. Duas surpresas na escalação foram a saída de Jordi Alba da lateral esquerda, com Jérémy Mathieu atuando improvisado, e a entrada de Xavi como titular, o que provocou a saída de Ivan Rakitic. E o Barça precisou de apenas três minutos para sair na frente, em jogada de dois dos três atacantes da equipe visitante. Suárez virou da direita para esquerda até Neymar, que deixou Carvajal e Pepe na saudade, cortando para o meio, e chutou forte no canto esquerdo, tirando qualquer chance de Casillas defender.

Depois de ter sofrido o gol, o time da casa se lançou ao ataque e esteve muito perto de empatar aos nove minutos, mas parou na trave duas vezes no mesmo lance. Cristiano Ronaldo pedalou na esquerda e levantou na cabeça de Benzema, que carimbou o travessão. O francês brigou pelo rebote, encheu o pé viu a bola bater no poste esquerdo e sair. O Real até tentava atacar, mas o Barça deixa sua área bem protegida. Kroos tentou de fora, aos 15, mas Bravo mostrou a segurança de quem já era o recordista de invencibilidade em um começo de Campeonato Espanhol. A defesa da equipe madrilenha tinha alguns buracos, e o adversário, com jogadores talentosos, se aproveitava. Aos 23, Suárez funcionou como garçom mais uma vez e colocou Messi na cara do gol – mas, com certo desleixo, o craque argentino perdeu a chance, parando em boa defesa de Casillas.

Os donos da casa sofriam para tentar segurar o ataque catalão. Aos 26 minutos, Messi cruzou rasteiro da direita e Carvajal dividiu de forma providencial com Neymar, evitando o segundo. Embora muito sólida, a defesa do time catalão mostrou que não é perfeita: numa bobeira de Piqué, o Real obteve o empate, aos 35. James Rodríguez fez a bola chegar até Marcelo na ponta esquerda, e o brasileiro cruzou por baixo. O zagueiro, de maneira infantil, cortou com o braço. O árbitro marcou pênalti, que Cristiano cobrou no cantinho para enfim vazar Bravo. Foi o 15º jogo consecutivo do português marcando pelo menos um gol nos jogos em casa pela competição nacional. Em mais um vacilo de Piqué, o time da capital esteve perto da virada, aos 44 minutos. Marcelo levantou da esquerda, o zagueiro da seleção falhou ao tentar afastar e James Rodríguez cabeceou raspando a trave.

Virada madrilenha – Logo no começo da segunda etapa, aos cinco minutos, o Real virou o placar se aproveitando do calcanhar de Aquiles do rival, as jogadas aéreas. Kroos cobrou escanteio da direita, Pepe subiu mais que todo mundo e cabeceou com força, no canto direito. O empate poderia ter saído seis minutos depois, em bonita tabela de Neymar e Messi. O argentino abriu para o brasileiro, que devolveu por baixo, mas muito curto. Mathieu ainda ficou com a sobra e soltou a bomba, obrigando Casillas a fazer uma ótima defesa. Letal, o time mandante se aproveitou de um erro inesperado de Iniesta para marcar o terceiro. O meia não percebeu a aproximação de Mascherano e rolou para trás. Isco recuperou a bola, disparou para o ataque e tocou para Cristiano, que virou o jogo. James acionou Benzema com um toque sutil e o francês tirou do goleiro com uma finalização rasteira.

Três minutos depois, o Real, que tinha cada vez mais espaço, encaixou mais um contragolpe. Marcelo acelerou da esquerda para o meio e rolou para James Rodríguez, que demorou a definir e parou em Piqué. A essa altura, com dois gols de vantagem, os donos da casa já recuavam e esperavam para ir ao ataque sem se arriscar. O Barça tinha cada vez menos liberdade para criar, e as entradas de Rakitic e Sergi Roberto não mudaram o cenário. Aos 28, Messi encontrou Neymar com espaço na área, mas o capitão da seleção brasileira estava desequilibrado e não finalizou bem. O Barcelona não teve forças para reagir e ainda correu riscos com o contragolpe perigosíssimo do adversário. Para sorte dos comandados de Luis Enrique, Cristiano Ronaldo, aos 36, e Marcelo, aos 44, erraram nos momentos decisivos e desperdiçaram boas oportunidades para que o quarto gol saísse. Nada disso, porém, atrapalhou a festa dos donos da casa em Madri.

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Messi cala o Bernabéu

Barcelona e Real Madrid jamais decidiram, juntos, a Liga dos Campeões, mas em 2011, os rivais fizeram praticamente uma final antecipada, em um duelo histórico e tenso. No jogo de ida das semifinais, no Santiago Bernabéu, o talento de Messi superou a truculência do Real, que teve Pepe e Mourinho expulsos. O argentino marcou duas vezes – o segundo foi um golaço – e calou a torcida que ainda ansiava pela décima conquista europeia. No jogo de volta, um empate em 1 a 1 garantiu a vaga na final ao Barcelona. 

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Mourinho x Tito Villanova

Meses depois da vitória do Barça na semifinal da Liga dos Campeões, os rivais se reencontraram na decisão da Supercopa da Espanha. No jogo de volta, no Camp Nou, uma entrada violenta do brasileiro Marcelo em Fàbregas iniciou uma confusão generalizada entre jogadores e comissão técnica dos dois times. Um dos mais exaltados, o técnico José Mourinho enfiou o dedo no olho de Tito Villanova – ex-treinador, morto neste ano, que na época era auxiliar de Guardiola. O Barcelona venceu a partida por 3 a 2, com dois de Messi, e levou a taça. 

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O voo de Cristiano

Também na temporada 2011, o Real Madrid conseguiu deixar para trás uma sequência ruim diante do rival e venceu a decisão da Copa do Rei, em Valencia, com um gol espetacular. Depois de um empate em 0 a 0 no tempo normal, o jogo foi decidido na prorrogação. A poucos minutos do fim da primeira etapa, Marcelo e Di María tabelaram e o argentino cruzou para Cristiano Ronaldo. Com uma impulsão impressionante, o português ganhou de Adriano e marcou, de cabeça, o gol do título. 

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A arrancada de Bale

Outra grande alegria da torcida madridista aconteceu neste ano, novamente na final da Copa do Rei. O clássico se encaminhava para um novo empate, depois que Di María e Bartra marcaram. No entanto, a seis minutos do fim, o galês Gareth Bale fez valer a fortuna paga pelo Real para tirá-lo do Tottenham com uma arrancada histórica. Apesar de ter sido jogado para fora do campo, ele conseguiu ultrapassar Bartra, invadir a área e tocar por baixo das pernas do goleiro Pinto, para alegria de Cristiano Ronaldo, que, lesionado, assistiu à partida da arquibancada. 

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O primeiro de Neymar

Neymar teve a estreia dos sonhos no maior clássico da atualidade. Em apenas 18 minutos, ele marcou o primeiro gol da vitória por 2 a 1, em outubro do ano passado. O brasileiro recebeu de Iniesta e bateu por baixo da defesa do Real Madrid. A bola ainda desviou em um zagueiro antes de morrer no canto baixo do goleiro Diego López.

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5 a 0 no Camp Nou

Em um dos primeiros clássicos desta época dourada, o Barcelona conseguiu uma goleada impiedosa diante do Real Madrid de Mourinho e Cristiano Ronaldo no Camp Nou. Curiosamente, neste dia Messi não marcou, mas foi brilhante nas assistências. Xavi, Pedro, David Villa (duas vezes) e Jeffren marcaram os gols da vitória por 5 a 0. Ao final da partida, o zagueiro Piqué foi fotografado com a mão espalmada, em alusão aos cinco gols marcados por sua equipe. O episódio da “manita” (mãozinha, em espanhol) incendiou ainda mais a rivalidade entre catalães e madrilenhos. 

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Fim do trauma

Em abril de 2012, o Real Madrid iniciou um período de bons resultados no clássico. Com gols de Khedira e Cristiano Ronaldo, o time visitante bateu o Barcelona por 2 a 1 e colocou fim a um jejum de cinco anos sem vencer no Camp Nou. Após marcar o gol que decidiu a partida, Cristiano provocou a torcida do Barça ao pedir calma. Aquela vitória foi decisiva para o título espanhol da equipe de Mourinho. 

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Clássico de sete gols

No clássico do Bernabéu na temporada passada, Real e Barça fizeram um grande jogo e os visitantes levaram a melhor. Iniesta abriu o placar para o Barça, mas o time da casa virou com dois gols de Benzema. Messi empatou no fim do primeiro tempo e, em seguida, três pênaltis decidiram o jogo. Um gol de Cristiano Ronaldo e dois de Messi encerraram o jogaço, que teve uma série de decisões controversas da arbitragem. 

(Com agência EFE)

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