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Por causa do zika, 125 cientistas pedem adiamento da Rio-2016

Pesquisadores de Harvard, Yale e Oxford assinam carta aberta à OMS

Por Da redação |
Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika

Mosquito Aedes aegypti, principal transmissor do zika. Vírus também pode ser transmitido por relações sexuais

Em carta aberta à Organização Mundial de Saúde (OMS), 125 pesquisadores e especialistas de diversas universidades de renome mundial pediram o adiamento ou a transferência dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em meio ao surto do vírus da zika. Entre os nomes estão especialistas de Harvard, Yale e Oxford e uma brasileira que atua na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os jogos estão previstos para acontecer no Rio entre 5 e 21 de agosto deste ano.

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Na carta enviada à OMS e copiada para o Comitê Olímpico Internacional (COI), os pesquisadores frisam que não estão pedindo o cancelamento, mas o adiamento ou a transferência dos jogos “em nome da saúde pública”. Eles afirmam que o surto de zika no Brasil tem afetado a saúde de uma maneira “nunca vista antes” e relembram a relação do vírus com a microcefalia em bebês. Os pesquisadores também alertam que síndromes raras, como o Guillain-Barré, podem ser decorrentes do vírus e, em certos casos, o zika pode levar à morte.

Para os pesquisadores que assinam o documento, 500.000 turistas e atletas estrangeiros que devem comparecer aos jogos estão correndo um risco desnecessário de contrair a doença. Isso aumenta as chances de que voltem aos seus países de origem contaminados, espalhando o vírus globalmente. “É antiético correr o risco só pelos jogos, que podem ocorrer de qualquer maneira se forem adiados ou transferidos”, afirmam os pesquisadores na carta.

Os especialistas ainda reforçam que os programas de contenção do mosquito aedes aegypti (vetor da doença) foram insuficientes no Brasil e que o sistema de saúde do Rio segue “fragilizado”. A OMS ainda não comentou a carta.

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