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PLACAR de janeiro destaca 50 jogos inesquecíveis, um por ano, desde 1970

Revista elencou partidas marcantes desde o ano de seu lançamento; edição especial já está disponível nas plataformas digitais e chega às bancas dia 15

Por Da Redação |
Edição de janeiro da Revista Placar -

Edição de janeiro da Revista Placar –

A derrota de Sarriá, a da seleção-espetáculo liderada por Falcão, Sócrates, Zico, Júnior, Cerezo cia. para a Itália, definitivamente, marcou o ano de 1982. Anos antes, em 1970, a vitória do Brasil de Pelé, Gerson, Rivellino, Tostão e Jairzinho sobre o mesmo rival consolidava uma seleção tão marcante quanto perfeita.

A edição especial da PLACAR de janeiro se propôs à difícil missão de escolher um jogo marcante por ano, desde 1970, ano histórico do tri e também do lançamento da revista. Craques como Zico, Ronaldo, Romário, Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo e diversos momentos históricos de grandes clubes do Brasil e do mundo não poderiam faltar.

Também entram no pacote mais um jogo que gostaríamos de esquecer e outro que pode mudar a história do futebol. A revista já está disponível para dispositivos iOS e também Android e chega às bancas de todo o país a partir da sexta-feira, 15.

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Confira a carta do editor desta edição:

Poucos momentos foram tão marcantes e bonitos quanto a decisão dos jogadores do Paris Saint-Germain e do Istanbul Basaksehir de abandonar o gramado, em partida da Champions League, depois de o quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ter cometido um ato racista contra Pierre Webó, ex-atacante da seleção camaronesa e membro da comissão técnica do time turco. Os jogadores de futebol, em sua imensa maioria, sempre pareceram alheios a xingamentos em virtude da cor da pele. Em 2020, contudo, o mais longo dos anos, o ano da pandemia, estrelas como LeBron James e Lewis Hamilton vestiram a camisa do Black Lives Matter para dizer ao mundo que vidas negras importam. Gritavam depois do assassinato, em maio, de George Floyd, o afro-americano que foi morto por um policial branco, em Minneapolis, nos Estados Unidos. A violência produziu ondas de protesto planetárias, que ecoaram ainda mais rapidamente depois que os campeões do basquete e da Fórmula 1 empunharam a bandeira do respeito e da dignidade.

Faltava, ainda, algum barulho entre os atletas do mais popular dos esportes. Até que, aos quinze minutos do primeiro tempo da partida entre o PSG e o Basaksehir, um dos auxiliares de arbitragem expulsou Pierre Webó, de pé ao lado do banco turco. Houve as altercações de sempre, mas coube ao senegalês Demba Ba explicar o que tinha acontecido, com o rosto colado ao do agressor: “Me escute. Você nunca diz ‘este cara branco’, diz apenas ‘este cara’. Então por que, ao mencionar um preto, tem de dizer ‘este cara preto’?”. O jogo foi paralisado. Kylian Mbappé e Neymar decidiram tirar o time de campo. Os turcos, é claro, também.

A UEFA remarcou o jogo para o dia seguinte, com outro trio de arbitragem. O PSG venceu por 5 a 1, com três de Neymar e dois de Mbappé. Antes do apito inicial, todos se ajoelharam, no já clássico gesto de repulsa. Foi um marco. Finalmente o futebol entrara na luta, que é de todos, para fazer história. A partida, suspensa antes do intervalo e depois retomada, faz parte dos grandes momentos do esporte, dado seu simbolismo. Ter acontecido o que se viu no Parque dos Príncipes parisiense foi uma vitória — atalho para que possamos vibrar com o futebol sem preconceitos. Nesta primeira edição de 2021, PLACAR lembra aqui daquela decisiva jornada de dezembro passado, a mãe de todas as partidas, a do grito por justiça, e de outros 50 jogos inesquecíveis e um que gostaríamos de esquecer — um para cada ano, desde o lançamento da revista, em 1970.

 

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